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Projeto utiliza resíduo da produção de biodiesel para aumentar produtividade das lavouras

Crédito da imagem: Reprodução/CNI

Rondonópolis Empresas (MT) – Resíduo da produção de biodiesel, a glicerina, agora tem uma destinação correta e que auxilia o agronegócio. Isso é possível devido ao desenvolvimento do projeto BioVida, que utiliza esse material para a criação de um produto que aumenta o tempo de ação de defensivos agrícolas como pesticidas e herbicidas.

O projeto foi aprovado no Edital SENAI de Inovação para a Indústria, de 2017, e, durante dois anos, foi desenvolvido pelo Instituto SENAI de Tecnologia Química, que pertence ao Centro de Inovação e Tecnologia (CIT SENAI MG), o Instituto SENAI de Tecnologia em Mato Grosso e a empresa Biovida, proponente do projeto.

O produto é 100% biodegradável, de fonte renovável  e pode substituir os produtos existentes a base de derivados de petróleo, com custo 60% menor para o consumidor. “A empresa Biovida é produtora de biodiesel e tem na geração da glicerina um grande problema, principalmente pelo volume gerado”, conta Luiz Cláudio de Melo Costa, pesquisador do CIT SENAI.

Segundo o pesquisador mineiro, o principal impacto é a redução do consumo desses defensivos agrícolas, diminuindo o impacto ambiental e também os custos. “O BioVida permitirá o consumo de parte da glicerina gerada pelo setor”, explica.

De acordo com Costa, a geração de glicerina em 2019 foi de 493 milhões de litros, o que equivale de 5% a 6% da produção de biodiesel. “E esse volume gerado é muito superior à demanda interna de glicerina na indústria cosmética e cuidados pessoais”, afirma. 

“Transformar um subproduto em um produto de valor agregado representa não somente reposicionamento no mercado, mas eficiência operacional, sustentabilidade do negócio e ganho de lucratividade para a empresa”, afirma Layla Leão Lima Teixeira, gerente do Instituto SENAI de Tecnologia em Mato Grosso.

A destinação correta para os resíduos da produção de biodiesel é um desafio para grande parte das empresas do setor, explica Layla. “Entretanto, o projeto BioVida tornou isso possível e demonstra a eficiência da colaboração entre os dois estados em processos inovadores para a indústria”, finaliza a gestora. 

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