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Quantidade de pessoas com nome sujo bate novo recorde em Campo Grande

(Crédito da imagem: Pixabay)

Campo Grande Empresas (MS) – O percentual de famílias que relataram não ter condições de pagar suas dívidas no mês de julho chegou a 16,3%. A alta de endividamento é de 0,7 porcentual na comparação com junho em Campo Grande.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

 Além disso, o número de famílias que estão com contas em atraso na Capital, é maior que a média nacional. Para a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF MS), Regiane Dede de Oliveira, é preciso olhar para o número de famílias inadimplentes: já são 33,4% das famílias inadimplentes ante 32,7%, em junho

“Outro índice que chama a atenção é a quantidade de famílias que dizem não ter condições de pagar as contas. “O percentual de famílias que dizem não ter condições de pagar as contas aumentou, sendo de 16,3%; enquanto em junho, eram 15,7%. 

Quando olhamos para outras capitais, na média, estamos com pouco menos endividamento, mas o número de inadimplentes, de pessoas que dizem não poderem pagar é bem maior que o indicador nacional que é 10,9%”, destacou. 

Conforme a pesquisa, o nível de endividamento está maior entre os que recebem até 10 salários mínimos, porém as famílias que ganham acima dessa faixa também se dizem endividadas.

Atualmente, a Capital possui um total de 50,6 mil pessoas sem condições de quitarem suas dívidas. 

Enquanto em 2019, período sem pandemia, o volume de pessoas que não estavam em dia com seus compromissos financeiros chegou a 39,3 mil na Capital.

O economista Marcos Almeida alerta que a pandemia afetou diretamente a renda de milhares de famílias, em virtude das medidas de restrição e do isolamento social, sendo necessário repensar antes de iniciar uma nova conta, para assim não ter grandes problemas.  

“Hoje em dia, é necessário repensar antes de iniciar qualquer conta grande, sempre analisando o que é necessário quitar e resolver primeiro, isso é importante para não entrar no vermelho, estamos atravessando momentos de muitas incertezas, mas com esperança de atravessarmos essa crise”, pontuou o economista.

O especialista ressalta a importância da utilização da matemática básica, ou seja, gastar menos do que se ganha.

Pois o orçamento das famílias durante a pandemia tem sido comprometido por fatores como inflação mais elevada e valor reduzido do auxílio emergencial.  

“O fundamental é ter equilíbrio, se você gosta de uma coisa, invista, mas pense no que é necessário resolver financeiramente, é necessário termos esperança em dias melhores, mas com consciência do que é realmente necessário”, alegou.  

NACIONAL 

O percentual de famílias que relataram ter dívidas no mês de julho chegou a 71,4%, o maior patamar da série histórica, iniciada em 2010. A alta é de 1,7 ponto percentual na comparação com junho e de 4 pontos em relação a julho de 2020, o maior aumento anual verificado desde dezembro de 2019.

As famílias com dívidas ou contas em atraso chegaram a 25,6%, o terceiro aumento seguido. O número é 0,5 ponto percentual acima do nível de junho e 0,7 ponto abaixo do apurado em julho do ano passado. 

Já as famílias que disseram não ter condições de pagar suas dívidas em atraso e que vão continuar inadimplentes aumentou de 10,8% para 10,9% de junho para julho. Na comparação anual, houve queda de 1,1 ponto percentual.

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