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Segurança online: empresas devem reforçar investimentos em 2023

Crédito da imagem: Pixabay

Em 2022, o Brasil atingiu marca expressiva ligada à cibersegurança. De acordo com o Panorama de Ameaças da Kaspersky de 2022, nos oito primeiros meses do último ano, ocorreram 817 milhões de tentativas de ciberataques na América Latina e o Brasil foi considerado o país que mais sofreu ataques de malware, com o equivalente a 1.554 tentativas por minuto. Esse contexto expõe as vulnerabilidades das empresas, que, ao serem vítimas de ataques, sofrem com perdas financeiras, de credibilidade, roubos de dados e inúmeros prejuízos. Com estimativas pouco animadoras para 2023, com relação à segurança online, as organizações precisam se preparar para não apenas se adaptarem às novas tecnologias, mas também para se resguardarem no ambiente digital.

Dentre as inovações que devem ganhar força em 2023 estão os equipamentos conectados em sistema embarcado ou IOT (do termo em inglês Internet of Things, que significa “Internet das coisas”). Segundo o advogado especialista em Direito Digital Rafael Maciel, a segurança dos dispositivos físicos dos usuários contra ataques coordenados que se aproveitam desses sistemas será uma preocupação fundamental nos próximos meses – já que quase todos os indivíduos e empresas atualmente têm em seus celulares algum outro dispositivo controlado remotamente. “Por essa razão, coordenar respostas às invasões, combinando elementos cibernéticos a equipes presenciais, pode ajudar a criar um sistema de alerta antecipado que detecte e seja mais ágil para evitar danos maiores”, ressalta.

Outro agravante se interpõe com o avanço da conexão 5G, que já está em funcionamento no Brasil. Essa tecnologia de conexão, conforme for implantada nas empresas e indústrias, pode trazer novas vulnerabilidades, especialmente onde não há nenhum tipo de sistema de cibersegurança ainda. “Isso porque as redes 5G são mais descentralizadas, ou seja, possuem mais pontos de roteamento de tráfego, o que torna o monitoramento mais difícil e pode comprometer outras partes da rede”, explica Rafael. Além disso, ele avalia que a velocidade e o volume adicionados nessa forma de conexão desafiarão as equipes de segurança a criar novos métodos para deter as ameaças.

Por outro lado, o advogado pondera que dentre as novas tendências em cibersegurança para o ano que se inicia a mais importante será engajar colaboradores em cultura organizacional de privacidade e proteção de dados. A cada dia, hackers criam novas formas de invadir sistemas, explorar vulnerabilidades e desenvolvem novos tipos de ataques maliciosos. Por isso, é preciso garantir que os funcionários estejam familiarizados com as práticas recomendadas de segurança online no mundo. “Porque de nada adianta esse investimento forte na área técnica, de tecnologia por si só, se não investir nas pessoas. É claro que a tecnologia pode e deve ser uma aliada nesses testes e nesse amadurecimento, usando-a para acelerar esse processo, mas não é o único caminho”, arremata.

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