Por Luana Lousa
Quando falamos em sustentabilidade precisamos entender que estamos falando de algo muito além de deixar recursos naturais para gerações futuras, estamos falando de algo urgente e eminente, como tentar garantir qualidade de vida às gerações presentes e aos dias atuais. Esta realidade parece não contemplar o dia-a-dia da maioria dos grandes investidores, que em boa parte não identifica a carência de estratégias alinhadas aos seus modelos de negocio para a manutenção da vida no planeta.
Hoje a urgência é a saúde do solo, da água, do ar! Projetos e construções devem ampliar os direcionamentos da atual “sustentabilidade” e contemplar o ser humano como um todo, entendendo-o como uma das partes do planeta, abordando-o em seu modelo de negócio, explorando-o como estratégia de marketing, gestão de ESG e otimização de recursos aportados em sua perpetuação !
Sendo assim, a escolha do terreno pode fazer muita diferença para o projeto/negócio que se deseja implantar! Comumente pessoas compram terrenos sem sequer consultar seu uso do solo ou avaliar a viabilidade de sua topografia para o que pretende fazer. Quando da procura de um terreno, deve-se observar seu acesso, entorno, fluxos, localização com relação a sol, ventos dominantes, vegetação existente, proximidade a antenas de celulares, redes de alta tensão e tudo mais que possa interferir de forma significativa para edificar e manter o negocio que se está pleiteando. Já tivemos caso de empresários comprarem terreno pra empreendimentos condominiais que inviabilizavam financeiramente o negócio ou gestor hospitalar com áreas indevidas a este fim, por contaminação. Consultar seu arquiteto antes mesmo da compra do imóvel pode ser um movimento simples, de baixo custo e altamente eficaz.
Portanto, seja para aquisição de área ou para desenvolvimento de projeto, é imprescindível avaliar o mercado, ter um plano de negócios e um estudo de viabilidade bem desenvolvidos e, preferencialmente , acompanhado por um arquiteto que possa criar estratégias sustentáveis para otimização de custo de implantação e, principalmente, custos operacionais e manutenção, agregando valor percebido e real a todo o empreendimento.
Luana Lousa
Bioarquiteta e biourbanista em Arquitetura Viva (@arquiteturaviva)