Rondonópolis Empresas (MT) – Com início previsto para o dia 1º de abril, sexta-feira, a greve dos servidores do Banco Central irá afetar o funcionamento do Pix, sistema de pagamentos instantâneos da autarquia. Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a criação de novas chaves ficará indisponível.
“Não vamos parar o Pix. Ninguém vai apertar um botão vermelho ou tirar da tomada a operação. Mas o entorno vai ser atingido: o cadastramento de novas chaves, o monitoramento, a manutenção. Essas coisas, os servidores vão parar. Este é o prejuízo que pode acontecer. Por isso, será preciso interromper parcialmente, em alguns momentos, o Pix”, disse ao UOL Fábio Faiad, presidente do Sinal.
Nesta quinta-feira o Banco Central havia afirmado que tem planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas essenciais para a população. No entanto, o Sinal ressaltou que o Pix e outras atividades do BC não estão presentes na Lei nº 7.783, conhecida como Lei dos Serviços Essenciais, que define que serviços não podem parar em caso de greve.
A greve foi deflagrada na última segunda-feira, 28, com 90% dos votos dos presentes. Os servidores já davam avisos de greve geral há uns meses, realizando paralisações e operações-padrões. Dentre suas demandas está o reajuste salarial de 26,3% prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a todos funcionários públicos durante viagem ao Golfo Pérsico.
Em seu retorno, o presidente voltou atrás, informando que só daria reajuste para os policiais federais e rodoviários. Os servidores do BC são apenas um dos setores do funcionalismo público que se encontram protestando no momento. Servidores do INSS deflagraram greve nesta semana, assim como os médicos peritos. Já os servidores da Receita Federal e do Tesouro estão intensificando seus movimentos.