*Por Clenice Cesário Caixeta
As empresas têm uma função social e de sustentabilidade e devem estar sempre embasadas pela ética e a governança – que eu, como diretora de Planejamento e Transparência do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO) -, tanto defendo.
Atrelado a isso, estão os aspectos ambientais, sociais e de governança (ASG), do inglês Environmental, social, and corporate governance (ESG). Essa agenda pauta discussões no Brasil e no mundo, sobretudo em relação à sustentabilidade e transparência das organizações.
Isso demonstra o quanto ela deve estar presente na essência dos negócios. Por isso, independente do porte da empresa, implementar a ESG é um caminho sem volta e que se faz necessário, além de viabilizar o acesso a novos mercados.
Outro ponto que destaco é em relação ao avanço da discussão sobre padrões globais para práticas ASG aplicado à contabilidade. Assim, os profissionais da contabilidade são de extrema importância na participação dos debates sobre esse tema tão relevante para a sociedade, para as empresas, para o mercado e para o planeta.
Por isso, é preciso urgentemente inseri-lo no nosso dia a dia. Uma vez que as empresas vão cada vez mais ser pressionadas para adotar, medir e divulgar suas estratégias, atividades, riscos e impactos socioambientais.
Isso deixa evidente que a ASG no setor contábil, ultrapassa a análise de dados históricos. Ela está interligada às divulgações sobre o futuro, previsões sobre riscos hipotéticos e mensuração disso tudo. Com isso, chamo a atenção para o desafio que esses profissionais enfrentam e ainda vão enfrentar, que é o de ter processos e controles que tragam informações suficientes e confiáveis para fazer o trabalho de divulgação e auditoria.
Por isso, é tão necessário a parametrização de indicadores e informações sobre questões ASG. Só assim, as empresas conseguiram organizar-se no quesito divulgação do que estão fazendo. Além de ser, claro, essencial para a boa governança.
A ESG é uma questão de reputação e de marca, ainda mais quando falamos do ponto de vista de transparência e de prestação de contas. Logo reforço aos profissionais de contabilidade: estudem o tema. Só assim continuarão profissionais relevantes nos próximos anos. Afinal, como eu falei anteriormente, a ASG é um caminho sem volta e que se faz necessário.
Clenice Cesário Caixeta
Diretora de Planejamento e Transparência do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Goiás – CRCGO