O início de 2024 tem sido caracterizado por desvalorizações consecutivas nos derivados da soja, impulsionadas pela perspectiva global de aumento na oferta desses produtos e pela queda no preço do grão.
Em Rondonópolis, por exemplo, o farelo registrou uma desvalorização significativa, chegando a R$ 1.904 por tonelada em janeiro, antes de fechar em média a R$ 1.763 por tonelada em fevereiro, representando uma queda de 7,4%. Os preços do óleo também sofreram reduções em Mato Grosso, com quedas de 1,8% em janeiro e de 5% em fevereiro, alcançando R$ 4.031 por tonelada. Os dados da Secex revelam que, nos primeiros meses de 2024, o Brasil exportou um volume expressivo de farelo de soja, totalizando 3,6 milhões de toneladas.
Enquanto as exportações de farelo apresentaram um aumento de 33% em relação ao primeiro bimestre do ano passado, o cenário para o óleo de soja foi inverso, com embarques significativamente menores no mesmo período, totalizando apenas 112 mil toneladas, uma queda de 74%. Para atender à demanda do B14, estima-se que o consumo interno de óleo de soja deva crescer 25% este ano, atingindo 8,4 milhões de toneladas.