Em 2024, com o empenho do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO) e de diversas entidades parcerias, o Estado destinou R$ 21.333.073,44 para os Fundos de Direito da Criança, Adolescente e da Pessoa Idosa em todo o país. Esse valor representa um aumento de 43,11% no percentual de destinações em comparação a 2023, que foram R$ 14.906.417, 31 milhões, conforme dados da Receita Federal do Brasil. Por meio da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF), o contribuinte teve a oportunidade de destinar até 6% do valor devido do ano-calendário de 2023 para projetos sociais sem nenhum custo adicional. Com isso, o Estado figura entre os cinco que mais se mobilizaram em todo o país diante dos Documentos de Arrecadação de Tributos Federais (Darfs) pagos pelos declarantes.
Para o presidente em exercício do CRCGO, Henrique Ricardo Batista, os dados refletem a campanha intensiva feita pelo Conselho, tanto no período da declaração do IRPF quanto o ano todo para que esses números crescessem.
“Ficamos muito felizes ao ver os resultados e temos certeza que muitas pessoas serão ajudadas com isso. E fazemos questão sempre de lembrar que o IR Solidário é uma iniciativa sem fins lucrativos para o Conselho e sem ônus para o contribuinte, sendo apenas uma ação de amor ao próximo”, declara Henrique Ricardo.
Em Goiás os fundos de direito vão receber R$ 18.867.965,44. Sendo 57,4% do total para o fundo de amparo da Criança e do Adolecente, totalizando R$ 10,83 milhões, e para o fundo da Pessoa Idosa, R$ 8,03 milhões em destinações, equivalente a 42,6% do valor. O presidente em exercício explica que o valor diverge do total destinado, pois na prática, o contribuinte pode optar por destinar para o fundo de outro Estado. “Inclusive, o CRCGO trabalhou ativamente na campanha para destinar para o Rio Grande do Sul, que vem sofrendo com as enchentes. Por isso, podemos dizer que os goianos destinaram mais de R$ 21 milhões, mas desses recursos, o estado de Goiás recebeu R$ 18”, elucidou Henrique Ricardo.
Os valores contribuem para transformar a realidade de pessoas em situações de vulnerabilidade e é uma efetiva ação de cidadania que interfere direta e positivamente na realidade social. A destinação reflete a responsabilidade social, permitindo que parte do imposto seja tenha um viés solidário.
“Mesmo que Goiás tenha um potencial de arrecadar mais de R$ 384 milhões, ficamos muito gratos com o resultado. Nós, como profissionais da contabilidade, possuímos a missão de orientar nossos clientes a destinar para esses fundos de ajuda às pessoas mais vulneráveis e conseguimos elevar ainda mais o valor arrecadado. Agradeço a todas entidades parceiras, aos veículos de comunicação, aos contadores e, sobretudo, aos contribuintes que apoiaram a Campanha do Imposto de Renda Solidário”, celebra a presidente licenciada do CRCGO, Sucena Hummel.
Para o supervisor do Programa do Imposto de Renda no Estado, o auditor fiscal da Receita Federal em Goiânia, Jorge Martins, o resultado é graças ao trabalho de entidades, como o CRCGO e Ministério Público Federal em Goiás, que divulgam a possibilidade da destinação e o profissional contábil que atua como um elo entre a destinação e a pessoa física. “Goiás tem um potencial muito grande, e sabemos que a cada ano podemos melhorar”, afirma.
Municípios que mais destinaram em 2024
Dos 246 municípios goianos, 175 conseguiram arrecadar algum valor. Desses, as cidades que mais destacam-se são: Rio Verde (R$ 3.620.779,52); Goiânia (R$ 1.774.552,18); Mineiros (R$ 1.407.542,43); Vianópolis (1.094.538,78); Santa Helena De Goiás (R$ 806.874,40); Anápolis (R$ 756.999,03); Caldas Novas (R$ 666.059,80); Posse (R$ 651.406,06); Aparecida De Goiânia (R$ 565.260,55); Silvânia (R$ 466.979,59); Jataí (R$ 464.566,27); Cristalina (R$ 457.158,15); Jussara (R$ 440.686,58) e Morrinhos (R$ 409.953,72). Os 13 municípios foram os únicos no Estado que destinaram valor superior a 400 mil reais. O agronegócio é o grande fator que contribui para as quantias destinadas aos mais vulneráveis.
Solidariedade aos gaúchos
Milhões de pessoas se uniram para arrecadar donativos aos gaúchos que, há quase dois meses, ainda enfrentam os efeitos da maior tragédia climática do Brasil. E parte dos atos solidários puderam ser feitos por meio do Imposto de Renda. Com isso, o Rio Grande do Sul ficou em primeiro lugar, arrecadando R$ 94.425.039,92 em destinações. O CRCGO, que sempre abraça a campanha do Imposto de Renda Solidário, foi um dos incentivadores para aumentar a destinação para o estado do RS e ajudar os irmãos gaúchos que tanto necessitam neste período. “Os contribuintes puderam transformar a sua declaração em um gesto solidário nesse momento de tanta necessidade e calamidade pública. Isso demonstra que quando a classe está unida, podemos transformar vidas. O nosso agradecimento, sobretudo aos profissionais da contabilidade que orientaram os seus contribuintes a destinar aos fundos de lá, sem custo algum na declaração”, comemora Sucena Hummel.
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