Com um desconto de R$ 18,07% sobre a tarifa básica de pedágio, o Consórcio Rota Verde venceu, nesta quinta-feira (12), o leilão para administrar as BRs-060/452/GO, a chamada Rota Verde. Estreante no setor de infraestrutura de transportes, o grupo empresarial ficará responsável pela administração do sistema rodoviário em Goiás pelos próximos 30 anos, devendo investir R$ 6,87 bilhões em obras de aumento de capacidade e novos serviços aos usuários (Capex e Opex). Quatro grupos participaram da disputa.
Com 426,20 quilômetros de extensão, a Rota Verde contempla o trecho Goiânia – Rio Verde – Itumbiara e é um dos principais corredores logísticos do país para o escoamento de grãos, principalmente soja e milho. A região concentra importantes multinacionais de commodities e é também palco de grandes feiras e eventos de agronegócios, que movimentam a economia e o turismo do estado.
O consórcio vencedor é formado pela Aviva, controlada pela 4i Capital e recentemente parte de uma fusão com a construtora Azevedo & Travassos e a MKS, e a construtora Tecpav, com sede em Goiânia, conforme informações do O Popular. Ainda de acordo com o jornal, há a previsão de instalação de oito praças de pedágio para regiões próximas a Abadia de Goiás, Guapó, Cezarina, Indiara e Acreúna – entre Goiânia e Rio Verde [cinco apenas nesse trecho], e Santa Helena, Goiatuba e Bom Jesus de Goiás, entre Rio Verde e Itumbiara.
Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, trata-se do maior investimento em concessões rodoviárias do estado de Goiás. “Tivemos um leilão exitoso, com um desconto que vai garantir a eficiência do contrato e viabilizar um trânsito mais fluido e seguro para todos que passarem pela rodovia”, destaca.
Conforme Renan, essa concessão trará benefícios para quem acessa o Triângulo Mineiro e viaja em direção à BR- 262/GO, a Rota do Zebu, concedida recentemente . “Será uma rodovia estratégica para os motoristas que saem da BR-452 e pegam a BR-153 para ir para o sul do Brasil levar grãos ao Paraná e a Santa Catarina para alimentar os rebanhos, ou pegam a BR-262 em direção aos portos para exportação ou em direção a Minas Geras e São Paulo”, completou.
O leilão da Rota Verde recebeu propostas iniciais de quatro grupos: 0,90%, do Consórcio infraestrutura GO; 10,88% da Rota do Cerrado; 13,50%, do BTG Pactual e 15,27%, do Consórcio Rota Verde. A pequena diferença entre as margens ofertadas levou a disputa para os lances em viva voz: foram 28 no total, durante 14 rodadas. Com diferenças de 0,10% a cada lance, BTG Pactual Infraestrutura III e o Consórcio Rota Verde foram os que mais avançaram na disputa. E o consórcio levou a melhor, ao ofertar 18,07% de desconto sobre o valor do pedágio.
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