“Não vão faltar brinquedos e as crianças não ficarão sem presente no Dia das Crianças, garante o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Costa. Tradicionalmente o período mais forte da indústria do brinquedo, o segundo semestre, com o Dia das Crianças e o Natal, costuma garantir mais de 60% das vendas do ano, ele observa.
A expectativa de crescimento, registrado continuamente na última década, ficará entre 3,5% e 5%, com mais de R$ 11 bilhões de faturamento. O País está entre os cinco maiores mercados de brinquedos do planeta, um dos poucos a manter sua indústria atuante, com mais de 44 mil empregados, entre próprios e terceirizados.
Por ano, a indústria lança de 1.300 a 1.700 novos brinquedos, entre linhas de veículos, reprodução do mundo real, blocos, bonecas, jogos, pelúcia, fantasias, puericultura. “O foco está na inovação e diversificação”, diz Synésio Costa. Pesquisa da Abrinq informa que cada criança brasileira recebe, em média, 11 brinquedos por ano, e que preços em torno de R$ 50,00 representam 55% das unidades vendidas. O ticket médio em datas como Dia da Criança e Natal vai de R$ 150 a R$ 250 por criança, comprados predominantemente pelas classes B e C.
Colecionáveis e “kiduts” (comprados por adultos) são brinquedos com crescimento de 51% em vendas desde 2021, evidenciando uma procura diversificada do consumidor. Inovação e inclusão fazem parte desse universo, com 43 tipos de brinquedos adaptados para crianças com necessidades especiais, enfatizando o compromisso da indústria com a causa. As cerca de 400 fábricas instaladas no País têm investido em tecnologia e brinquedos educativos, com foco no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança.
Carga tributária elevada, concorrência desleal motivada pelo contrabando e pirataria, além da necessidade da indústria se adaptar às novas gerações digitais, nascida na era dos smartphones e games, são os principais desafios da indústria, enumera o presidente da Abrinq.
À parte as oscilações econômicas e de câmbio no País, que impactam o custo de matéria-prima e importações, as perspectivas para a indústria, de acordo com o líder setorial, são boas. “A expectativa de crescimento é acima de 8% até 2027, com ênfase para o e-commerce, que detém praticamente 20% das vendas, e o apelo das marcas nacionais.”
Inovação digital e integração com filmes, séries e games, via licenciamento, são tendências da indústria, que também deve investir em sustentabilidade, reciclando plásticos. Brinquedos licenciados, de acordo com a Abrinq, já respondem por cerca de 50% das vendas em algumas redes.
Sobre a Abrinq
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) é a entidade de classe de representação oficial da indústria e do setor de brinquedos.
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