Campo Grande Empresas (MS) – Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul são os Estados com as menores taxas de desemprego do país, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A divulgação de hoje refere-se aos meses de outubro a dezembro de 2020, a pesquisa trata de trabalho formal ou informal. O estado obteve índice de 9,3%, a média nacional foi de 13,9%.
Dos 2,20 milhões de moradores, acima de 14 anos, apenas 1,22 milhão estava ocupada e 125 mil estavam desocupadas, em Mato Grosso do Sul, representando a terceira menor taxa do país em 2020.
Conforme o balanço, a taxa de desocupação no Estado aumentou 2,7%, em relação ao trimestre anterior, quando era estimada em 6,5%. Os números levam a uma taxa de desocupação média de 10% para o ano.
Outro ponto de atenção é a taxa de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego, que aumentou para 34 mil, 23,1% maior do que o trimestre anterior, e de -12,9% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
O levantamento considera que o nível de ocupação em 55,3%, representando variação de -8 pontos. Já em relação ao mesmo período de 2019, o nível é de 61,0%, aumento de 2,4 pontos, em três meses.
O número de moradores de MS com carteira assinada no setor privado sofreu queda de 26,6%, em números absolutos, são cerca de 838 mil empregados, sendo desses 542 mil no setor privado, 423 mil com carteira assinada e 119 mil sem a formalidade. O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada foi de 78,0% do total de empregados no setor privado.
Informalidade estável
Se por um lado a carteira assinada deixou de ser oficial para permanência de empregados no mercado de trabalho, a taxa de informalidade em MS para o quarto trimestre ficou em 37,3% da população ocupada, sendo considerada estável perante o trimestre anterior, que era de 36,9%. Em números absolutos, são 456 mil trabalhadores nesta situação, sendo que no primeiro trimestre eram 430 mil.
Os autônomos ou que trabalham por conta própria tiveram aumento de 5,4% na pesquisa, o que significa 72 mil empregadores, demonstrando estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior, de 73 mil, e uma redução de 18,2% em relação ao mesmo trimestre de 2019, de 88 mil.
No total, empregadores e por conta própria, apenas 119 mil possuíam empreendimentos registrados no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). O maior índice percentual de trabalhadores com CNPJ pertence aos ocupados como empregadores, sendo que 73,6% deles possuíam o cadastro.
Na contramão, apenas 22,6% dos empregadores por conta própria possuíam CNPJ em MS. Além disso, o número de ocupados no último trimestre do ano, como trabalhador familiar auxiliar era de 20 mil pessoas. Esse dado aponta para uma variação de 46,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior (14 mil) e de 2,8% na comparação com o mesmo semestre do ano passado (19 mil).
No Brasil, durante a pandemia de coronavírus, cerca de 20 estados tiveram recorde de desemprego em 2020. O resultado acompanha a média nacional, que aumentou de 11,9% em 2019 para 13,5% no ano passado, a maior da série histórica da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.