A governança corporativa é um modelo de gestão que busca encontrar as melhores soluções para administrar uma empresa. Por ter um foco maior na gestão empresarial, também envolve o trabalho da diretoria da empresa e respectivos órgãos de controle. A área de Recursos Humanos (RH) é um setor estratégico para a empresa, pois está envolvido na gestão de pessoas e na aplicação da governança corporativa. O RH é responsável por criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo, que esteja alinhado com a cultura da empresa, além de garantir que todos os funcionários compreendam os princípios e políticas de governança corporativa da empresa.
Segundo a sócia da Consilium BR, conselheira consultiva, professora de MBA em cursos de liderança e mentora de líderes, Pollyana Guimarães, a área de RH é um dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer organização. “Mais do que gerenciar contratações, benefícios e folha de pagamento, o RH atua na construção de uma cultura organizacional forte, na retenção de talentos e no desenvolvimento das competências necessárias para o crescimento sustentável do negócio. Empresas que investem estrategicamente em RH colhem vantagens competitivas expressivas, como maior engajamento dos colaboradores, fortalecimento da marca empregadora e maior produtividade”.

A governança no RH se refere a um conjunto de políticas e práticas que estruturam a gestão de pessoas de maneira ética, transparente e alinhada aos objetivos corporativos, ou seja, as decisões organizacionais dependem diretamente das pessoas que as executam, e cabe ao RH garantir que essas pessoas estejam capacitadas, motivadas e alinhadas com os valores da empresa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), a governança corporativa está baseada em quatro princípios de boas práticas: prestação de contas, equidade, transparência e responsabilidade corporativa. Todo o conjunto de normas e processos estabelecidos pela gestão de uma empresa precisam estar alinhados a esses fundamentos.
“A governança corporativa no RH traz inúmeros benefícios. Entre eles, destacam-se a melhoria do clima organizacional, a redução de riscos trabalhistas e a criação de um ambiente de trabalho mais equitativo e meritocrático. Além disso, práticas bem estruturadas no RH contribuem para a sustentabilidade da empresa, garantindo que seus processos sejam conduzidos de forma ética e responsável. Outro ponto fundamental é o papel do RH no desenvolvimento de lideranças. Líderes bem preparados são essenciais para guiar equipes, tomar decisões estratégicas e impulsionar a inovação dentro da organização”, pontua Pollyana.
Para implantar uma governança corporativa e o RH, é possível:
- Estabelecer uma hierarquia: Dividir a empresa por funções e levar em conta as habilidades de cada colaborador;
- Criar um código de conduta: Definir os valores da empresa e as regras de comportamento;
- Promover a diversidade e a inclusão: Valorizar a diversidade de experiências, habilidades e perspectivas;
- Definir políticas de gestão de pessoas: Estabelecer políticas e práticas para gerir os colaboradores;
- Gerir riscos: Gerir os riscos relacionados aos colaboradores;
- Monitorar e controlar: Monitorar as atividades operacionais e fiscalizar o cumprimento das políticas e normas;
- Realizar auditorias: Realizar auditorias periódicas para verificar o cumprimento das normas;
- Fortalecer as lideranças: Fortalecer as lideranças para que trabalhem em prol da governança;
- Incentivar boas práticas: Estimular boas práticas e transparência;
- Adotar modelos comunicativos eficientes: Adotar modelos comunicativos que sejam eficientes para que as orientações passadas sejam entendidas com objetividade.
Desenvolvimento da liderança para promover o sucesso organizacional
No cenário corporativo, uma liderança eficaz e gestão de equipes são essenciais para o sucesso, afinal líderes competentes direcionam as equipes para alcançar metas, ao mesmo tempo em que cultivam um ambiente de trabalho positivo e produtivo. “Empresas que reconhecem essa importância e investem em um RH bem estruturado colhem os frutos de uma equipe mais engajada, inovadora e preparada para enfrentar os desafios do futuro”, afirma Pollyana.
Os líderes precisam criar e comunicar uma visão clara que engaje a equipe. Celebrar conquistas e oferecer oportunidades de desenvolvimento reforça o valor dado ao crescimento dos colaboradores. Além disso, promover a autonomia é crucial, fazendo com que se sintam valorizados e mais engajados. Em um cenário empresarial dinâmico e altamente competitivo, o RH precisa ir além da gestão operacional e assumir um papel estratégico na governança e no desenvolvimento de lideranças.
De acordo com o CEO da Avante, conselheiro empresarial, presidente da ABRH GO e presidente da Câmara de Gente e Gestão da Acieg, Milton Marinho, o RH e a governança corporativa estão intrinsecamente interligados, pois ambos atuam na construção de uma empresa ética, sustentável e eficiente. “Enquanto a governança corporativa define as diretrizes, normas e princípios que garantem a transparência e a responsabilidade na gestão da empresa, o RH atua na implementação dessas diretrizes no dia a dia, promovendo uma cultura organizacional alinhada a esses valores. Além disso, o RH é essencial para garantir

que uma empresa tenha lideranças capacitadas e comprometidas com boas práticas de governança”.
Para apoiar e orientar o desenvolvimento de líderes, o RH pode adotar diversas iniciativas, como programas de mentoria, treinamentos personalizados e feedback contínuo são algumas das práticas mais eficazes. Além disso, o uso de ferramentas de avaliação de desempenho e coaching executivo pode ajudar os líderes a aprimorarem suas habilidades e lidarem melhor com desafios complexos. Entre os benefícios da governança corporativa no RH podemos citar a garantia que as pessoas estejam no centro da estratégia da empresa; criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo; promover a fidelização dos talentos.
É unânime que sem uma governança corporativa, o futuro de uma empresa fica inegavelmente comprometido.
“Sem uma governança corporativa bem estruturada, a empresa pode contar com amplificados desafios, tais como: falta de transparência, conflitos de interesse, decisões estratégicas mal fundamentadas e riscos financeiros. Empresas sem governança estão mais suscetíveis a crises e dificuldades em sua sustentabilidade a longo prazo, precarizando em curto e médio tempo os resultados, de pessoais a organizacionais”, ratifica Milton.
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