Por Jullyanna Matos
A Associação Comercial Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) fez o lançamento oficial, nesta quinta-feira (29), da Feira Internacional de Comércios Exterior do Brasil Central (Ficomex), que será realizada nos dias 27, 28 e 29 de agosto, no Centro de Convenções de Goiânia. A solenidade contou com a participação de autoridades, representantes do setor produtivo goiano e imprensa para apresentação do projeto.
A feira, que será organizada pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), por meio da Câmara de Comércio Exterior (Comex-Acieg), em parceria com entidades empresariais, terceiro setor e poder público, pretende reunir mais de 160 expositores de diversos países e também negociar parceria com 45 câmaras de comércio.
Para o presidente da Acieg, Rubens Fileti, o evento busca alavancar o comércio exterior dos estados do Consórcio Brasil Central, além de outros que podem vir a participar da feira.
“Nossa intenção é promover ainda mais o comércio exterior, com a geração de novas oportunidades de negócios para as empresas e a criação de empregos, de modo a fomentar a expansão do setor produtivo. Temos alcançado um protagonismo no comércio exterior e agora muitos outros estados e regiões vão se inspirar em nosso modelo”, afirma Fileti.
A feira tem o objetivo de reunir empresas, de vários tamanhos e setores, que queiram desenvolver seus negócios na área internacional. Para o presidente da Câmara de Comércio Exterior da Acieg, Getúlio Faria, a Ficomex será uma grande oportunidade para as empresas goianas e de outros estados expandirem seus negócios para outros países.
“A Ficomex vem contribuir para a expansão dos negócios internacionais de Goiás e do centro-norte brasileiro, pois terá a participação de dezenas de embaixadas e câmaras de comércio exterior de países interessados em fazer negócios com empresas brasileiras”, corrobora Faria.
O vice-governador Daniel Vilela, que representou o governador Ronaldo Caiado no evento, ressaltou que a feira será uma peça fundamental para o desenvolvimento econômico goiano.
“Goiás foi o segundo estado de 2023 em atividade econômica e crescimento econômico de 6,1%, sendo que o Brasil cresceu 2,5% de atividade econômica. Então, a gente percebe que a força do setor produtivo é extremamente abundante e o Estado tem que facilitar a vida e procurar atitudes e eventos como esse que possam potencializar as relações comerciais com outros países, especialmente os que são hoje os grandes responsáveis pela importação dos produtos goiás. Além disso, nossas feiras são muito importantes para desenvolver essa sinergia e esse conhecimento, essa troca de informações entre os produtores e os compradores.”, enfatiza Vilela.
Durante a cerimônia, no discurso de abertura, o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, ressaltou o apoio do cooperativismo ao evento e a importância da realização de um evento voltado para o comércio exterior.
“Do ponto de vista do cooperativismo, essa feira é uma oportunidade. As cooperativas precisam buscar a cultura exportadora e vamos aproveitar o evento para apresentar o mercado internacional, que é um caminho a ser explorado melhor pelas cooperativas. Temos grandes cooperativas no agronegócio que podem exportar, não só o produto primário, mas também o produto industrializado. E temos também as pequenas cooperativas que produzem produtos especiais que eu imagino que vão ter grande aceitação no mercado internacional”, declarou Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO.
Daniel Vilela também ressaltou a importância do estado de Goiás firmar parcerias com outros países para o desenvolvimento da região e destacou os avanços econômicos com a China, principal parceira econômica do estado de Goiás.
“A gente tem percebido que a cada ano a Ásia e, principalmente, a China tem sido um grande comprador dos produtos goianos, mas é lógico que Goiás precisa se apresentar para o mundo todo. A gente sabe que a Índia hoje tem um crescimento meio exponencial, vamos buscar alavancar novos mercados para que Goiás possa cada vez mais potencializar as suas atividades econômicas”, enfatiza Vilela.
Ao final da cerimônia foi realizada a assinatura da parceria entre a Acieg e os Correios, maior patrocinador do evento.
“É muito importante essa parceria, temos uma expectativa muito positiva de juntos poder implementar e alavancar negócios para todos os participantes. Essa é a assinatura de acordo de interação. A nossa cadeia de produção, desde o início, da fazenda, da indústria, até toda a cadeia, o Correio tem participações ativas nisso e podemos colaborar sim. Com essa parceria com a Acieg, podemos, além de divulgar, facilitar os meios, inclusive, do ar e do mar, para quem quer participar e exportar o seu produto”, pontua Antônio Carlos Nascimento Martins e pretendente dos Correios do Estádio Goiás.
Novidades da Ficomex 2024
Segundo Anna Bastos, Vice Presidente da Câmara de Comércio Exterior, a edição de 2024 terá uma grande novidade: um espaço maior dentro do Centro de Convenções. Nas edições anteriores a feira era em espaço menor, mas agora conta com 2 pavimentos de exposição e um stand exclusivo para os estados que compõem o Consórcio Brasil Central.
“A gente vai ter espaço para os municípios que querem tentar atrair investimentos, que querem divulgar oportunidades, que querem divulgar os benefícios e as vocações que eles têm. Também estamos organizando uma trilha de capacitação para que até agosto elas estejam mais preparadas para participar de uma feira internacional. Além disso, vamos ter a Arena 360, onde vão ter as principais palestras para não separar o público da feira do público das palestras”, destaca Anna Bastos.
Para o secretário executivo do Consórcio Brasil Central, José Eduardo Pereira Filho, a feira tem importância significativa para os 7 estados do consórcio.
“Iremos nos mobilizar para que todos os governadores e representantes estejam empenhados em fazer da Ficomex o grande evento de exportação do Brasil”, afirma o secretário executivo.
Ao todo serão montados 140 estandes para médias e grandes empresas e 30 estandes para pequenas e microempresas. A feira terá visitação livre, sem custo para qualquer pessoa, empresário e também estudantes.
“A gente está formando parcerias com universidades para atrair estudantes. Precisamos capacitar esse estudante para o mercado, ele precisa entender como funciona uma feira, a importância de uma feira, ali ele pode conhecer empresas do segmento e pode conseguir se cadastrar para fazer um estágio. Então, é fazer essa aproximação entre academia e ambiente empresarial, na nossa opinião é extremamente importante ter profissionais cada vez mais envolvidos e capacitados”, finaliza Anna Bastos.