Por Leo Moreira
Recentemente, visitei um grupo de amigos em Querência, cidade do Nordeste Mato-Grossense, que fica a 927 quilômetros da capital Cuiabá, cuja atividade econômica gira entorno do agronegócio e que, atualmente, está entre as 15 maiores produtoras de grãos do país. Ou seja, faz a diferença e contribui de forma significativa para a economia do seu Estado, sobretudo para a balança comercial brasileira.
Não é de hoje que acredito e defendo a turma do agronegócio, principalmente, depois de um acontecido recente, quando a hipocrisia reinou num discurso de “fique em casa, a economia a gente vê depois”.
Só Deus sabe o que seria deste país se os empreendedores desse segmento tivessem se acovardado. Por sorte, ao invés disso, “bateram no peito” e trabalharam de sol a sol, fazendo a economia nacional girar, mesmo com todos os riscos que o momento de pandemia expunham a todos. Todavia, de forma honrosa, o movimento dessa classe proporcionou uma geração de riquezas de forma que o Brasil se destacou na retomada econômica no cenário mundial.
Agora, neste momento de eleições políticas recheado de falácias e de interesses imorais, em vez de expor as minhas percepções sobre os fatos, prefiro compartilhar, sem filtros, a opinião de um empresário, produtor de alimentos, com quem tive a oportunidade de conversar, que, afinal, compõe um grupo recheado de patriotas, e não o de um punhado de coitados que se denominam influenciadores digitais, pseudos especialistas, que jamais estimularam a produção de Vitamina D pelos seus organismos (prática de tomar sol).
Veja o que o Sr. Éverton Jacomet, natural de Guarujá do Sul/SC, produtor “raiz” e empreendedor do agronegócio na região de Querência/MT reproduz:
”Nota de insatisfação do homem do campo, da roça, da agricultura, do agro de quem produz o alimento de todos os seres humanos desta terra.
Nos dias atuais em que o mundo deveria defender quem realmente está produzindo a sobrevivência humana, pois sem comida, sem o alimento não existiria a humanidade. Somos tratados como bandidos, destruidores do meio ambiente entre outras barbaridades.
É a agricultura o campo que, além do alimento nosso de cada dia produz riquezas, sustenta o PIB do nosso país, gera milhões de empregos contribuindo de forma responsável com a preservação das reservas florestais e mananciais-fontes de água.
Somos maltratados, criticados e menosprezados por grupos específicos que não conhecem ou se dizem conhecedor sem ter um dia colocado o pé no chão, conhecer a nossa real realidade, o nosso dia a dia, de sol a sol …
Gostaria de saber de quem mora na cidade se um dia pensou ou fez uma simples analise, uma reflexão de quanto lixo, esgoto, gás carbônico que produzem e para onde tudo isso vai, como os rios são protegidos, aliás muitos deixaram de existir para dar lugar a casas edifícios e destino certo de esgotos… muitos ainda não acordaram que passou-se o tempo de que, quem morava na roça, no sitio, na fazenda era tratado por muitos nas cidades como um atrasado, um “geca-tatu”. Lembrem que, se este cidadão resolver não trabalhar e não produzir os alimentos, os “palpiteiros” e radicais de plantão não vão produzir e alimentar as famílias nas cidades.
Não são as lojas, mercados, restaurantes, que produzem o seu e o nosso pão, o leite, o café, a carne do dia a dia. A sua roupa, o calçado, a bolsa de marca da boutique sai tudo do agro. Portanto não queremos ser glorificados, mas queremos o mínimo de respeito para continuarmos a zelar de nossas famílias e produzir o que chega a todos os dias a sua mesa, garantir as gerações futuras…
Lembrando que o Brasil preserva suas florestas 3 vezes mais que o resto do planeta.
Obrigado por me escutar”
Esta é a opinião de um cidadão do agronegócio que, respeitosamente, compartilho na íntegra e sem críticas.
Leo Moreira
Empresário e professor, mestre em Gestão de RH e inteligência de Negócios, MBA em controladoria e finanças, MBA em Gestão Empresarial, MBA em Gestão Empresarial e Serviços. Cursou técnicas de negociação na Harvard University (EUA) e Gestão de riscos e tomadas de decisões na Chicago University (EUA). Diretor e 1º vice presidente do Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação e Serviços Terceirizados de Goiás – SEAC-GO.