Entrevista – Sicoob Crediadag
O apoio mútuo entre cooperativa e cooperados foi fator decisivo que levou o Sicoob Crediadag a alcançar um ganho recorde em 2021. Foram R$ 16,2 milhões de resultado geral e um crescimento de 62% no valor das sobras distribuídas aos associados. Em meio à crise econômica gerada pela pandemia, a cooperativa se aproximou ainda mais dos seus cooperados, escutou as necessidades de cada um e os ajudou a identificar as deficiências de seus negócios, para, então, promover um trabalho de recuperação, à base de consultorias, crédito e prazo. “A cooperativa apoiou mais o cooperado e conseguiu mais apoio dele, na contrapartida. Com diagnóstico do negócio, um trabalho de consultoria e crédito na medida e hora certas, os associados ganharam fôlego para se manter em meio à crise”, afirma o diretor de Negócios do Sicoob Crediadag, Celso Mol Mariano Junior. Com 13 anos de atividades em Goiânia e cerca de 10 mil cooperados, o Sicoob Crediadag planeja expandir sua atuação para Brasília e para os demais Estados do Centro-Oeste, ainda em 2021, com abertura de agências e escritórios de negócios. Confira a entrevista que o diretor Celso Mol concedeu à coluna Cooperativas de Crédito.
A cooperativa teve um resultado geral recorde de R$ 16,2 milhões em 2021 e teve um crescimento de 62% no valor das sobras distribuídas aos associados. Que fatores influenciaram o Sicoob Crediadag nesses ganhos tão significativos em 2021?
A cooperativa se voltou a priorizar o atendimento ao seu cooperado, dando ainda mais atenção a ele. Nesse momento de pandemia e de uma certa estagnação econômica, a cooperativa apoiou mais o cooperado e conseguiu mais apoio dele, na contrapartida. Por exemplo: a cooperativa disponibilizou recursos do Pronampe, do Fampe, que é o Fundo do Sebrae, com condições mais atrativas. Também implementou um programa, em parceria com o Sebrae, chamado “Juntos somos mais fortes”, que prevê um diagnóstico do negócio do cooperado, que indica onde a empresa precisa fazer um trabalho de consultoria – pode ser na área financeira, de marketing, comercial, pessoas. Em cima disso, a cooperativa patrocina essa consultoria, que leva em torno de 90 dias, e as empresas são trabalhadas para melhorar a performance. Para as empresas que estão mais afetadas pela pandemia, a gente tem prorrogado, dando prazo de carência e, em alguns casos, concedido até novos créditos, dependendo do resultado desse diagnóstico. Isso influenciou nesse resultado, assim como a capacitação da equipe, a valorização das pessoas, para a gente ter um atendimento mais próximo do cooperado. A cooperativa se baseou mais em atender o cooperado, em apoiá-lo, desenvolvê-lo e em tentar mantê-lo no negócio. Recebemos diversos cooperados, ouvimos as dores deles e trabalhamos juntos, para ajudá-los. Esse é um trabalho muito gratificante.
E qual foi o resultado desse trabalho junto aos cooperados?
A gente percebeu que isso os apoiou mais. O crédito fez com que eles tivessem fôlego. A gente fez diversas operações aqui para negócios, com carência, para passar essa onda. Foi fundamental o crédito na hora certa e na medida certa para as pessoas terem condições de se manter.
Hoje, o Sicoob Crediadag ainda é focado em empresários atacadistas?
A cooperativa começou atendendo o setor atacadista e distribuidoras. Mas com a fusão e incorporação de duas outras cooperativas, a Crediadag entrou mais também em outros setores. Recebeu uma cooperativa da área da saúde (médicos, dentistas, clínicas) e uma outra que era de funcionários do Banco do Brasil. Então, a gente acabou tendo um leque maior com isso, além da livre admissão. A cooperativa atua hoje em todos os públicos, pessoa física e jurídica, mas é o empresarial mais ligado ao atacado e distribuidoras que ainda representa uma participação de maior destaque. E temos cooperados de todo o Brasil, cada dia mais, inclusive atendimentos aos cooperados que se associam por meio do aplicativo Sicoob, de forma on-line, de qualquer parte do País, sem precisar vir à agência.
Em janeiro, a Crediadag inaugurou uma agência no Edifício Metropolitan Business, no Jardim Goiás. Qual é o foco com essa nova unidade?
Na verdade, nós já tínhamos uma unidade dentro do prédio do Edifício Metropolitan. Era uma unidade mais modesta, que pertencia a uma das cooperativas que foi incorporada. Mas essa região concentra um grande número de empresários. O Jardim Goiás é uma região muito aquecida. A cooperativa recebeu muito bem os cooperados, conseguiu um resultado muito bom e ficou pequena. Agora, temos uma agência três vezes maior, para dar vazão a todos os atendimentos e mais conforto aos cooperados. A gente buscou uma ampliação numa agência moderna, segura, com o padrão novo da identidade visual do Sicoob. E é mais para celebrar e agradecer o apoio que a cooperativa vem recebendo, em especial nessa região, dentro dessa agência no Metropolitan. A gente tem feito um longo trabalho de expansão, com um gerente voltado para prospecção de cooperados naquela região, e estamos também diminuindo o tamanho das carteiras para que os gerentes consigam atender melhor os cooperados, fazer visitas com mais frequência, ver mais as necessidades e, com isso, continuar crescendo. Essa foi uma agência que fizemos a reformulação, ficou muito boa e a intenção é fazer com as demais também.
O Sicoob Crediadag tem planos de expansão para os próximos anos?
Temos cinco agências em Goiânia: no Setor Marista, onde fica a sede da cooperativa; a do Edifício Metropolitan, no Jardim Goiás; agências no Setor Oeste, Setor Sul e Setor Eldorado. Mas há previsão da cooperativa em ampliar as agências, aqui na cidade e até em Brasília. No estatuto da cooperativa, quando foi aprovada a livre admissão e a entrada de cooperados de todo o Brasil, também foi aprovada a abertura de uma unidade em Brasília e que nós pretendemos fazer esse ano. O projeto já está na Central (Sicoob Goiás) e os estudos estão sendo desenvolvidos, para a gente definir a localização. Já temos, inclusive, muitos cooperados em Brasília. Além disso, temos plano de abrir, pelo menos, mais uma agência em Goiânia esse ano ainda. E existe a intenção de ter escritórios de negócios nos Estados do Centro-Oeste. Nossa cooperativa nasceu dentro da Associação dos Atacadistas (Adag), que faz parte de uma associação nacional, que é a Abad. Já existem tratativas de a gente se aproximar cada vez mais da Abad e a cooperativa ser nacional, através das parcerias com os escritórios. Já temos algumas em discussão, inclusive.
Algum outro projeto pela frente?
Nosso projeto é de a gente continuar nesse caminho de priorizar o associado, buscar satisfação, o atendimento, o crescimento e apresentar, cada vez mais, o maior ganho social possível. O que é o ganho social? Não é apenas distribuir os R$ 16 milhões de resultados, mas é distribuir uma economia na prática, é a cooperativa fazer sentido. É ser mais econômico você fazer negócio na cooperativa, em condição mais barata ou igual, mas que tenha um nível de atenção e de atendimento incomparável. Esse é o nosso projeto.
Coluna Cooperativas de Crédito
Aqui você conhece mais sobre o universo do cooperativismo de crédito em Goiás. O objetivo do Sistema OCB/GO é mostrar, nesse espaço, as oportunidades e avanços do setor. Sim, as cooperativas financeiras têm taxas e tarifas melhores que o mercado. Também não abrem mão do atendimento humanizado e personalizado, mesmo com toda a riqueza tecnológica. Mas vão além. Em franca expansão, as coops de crédito seguem promovendo a inclusão financeira de milhares de pessoas, fomentando a economia nos municípios de todo o Estado e País, inclusive nos menores, onde os bancos não querem estar.