Estagnada no Congresso Nacional há três décadas, a reforma tributária deve ser pauta do debate realizado pelo Fórum de Entidades Empresariais e Adial Brasil, nesta quinta-feira,16, em Goiânia. O evento está programado para acontecer na Casa da Indústria, na sede da Federação das Indústrias do Estado Goiás (Fieg), e contará com a presença do secretário nacional para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.
Na discussão, assuntos de relevância para os goianos devem entrar em pauta, como a participação do agronegócio e a diferenciação de impostos para as áreas de saúde e educação, defendida por Appy.
Nesta terça-feira, 14, o secretário se encontrou com parlamentares da bancada de Goiás na Câmara dos Deputados para abordar o tema.
Como presencialmente o debate será restrito para convidados e imprensa, pela internet é possível acompanhar pelo canal ‘Sistema Fieg’, no YouTube. De acordo com a organização, através do chat será possível enviar perguntas e sugestões sobre o tema.
Além de Bernard Appy, o debate contará com a presença do deputado federal Glaustin da Fokus (PSC), único representante goiano no grupo de trabalho que discute a reforma na Câmara.
Histórico
Em 1995, o termo Custo Brasil foi debatido pela primeira vez no Congresso Nacional, em um seminário da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Desde então, a âncora tributária é considerada um dos vilões do mundo empresarial.
Um estudo elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), com apoio de associações setoriais da indústria, mostrou que o Custo Brasil consome, anualmente, cerca de R$ 1,5 trilhão das empresas, o equivalente a 22% do PIB nacional. O levantamento revelou ainda que os estabelecimentos brasileiros dedicam, em média, 38% mais de seus lucros para pagar tributos do que companhias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).