Palmas Empresas (TO) – O mercado imobiliário americano nunca foi tão aquecido, mesmo em tempos de pandemia deve ficar um pouco mais agitado com a reabertura das fronteiras pelo governo Joe Biden, a partir de novembro. Para aproveitar essa oportunidade, empreendedores locais e estrangeiros têm investido na construção civil e descoberto nichos específicos para atender à demanda.
O brasileiro Leandro Otávio Sobrinho, empreendedor e developer que atua no estado da Flórida, afirma que o estadunidense tem o hábito de mudar com frequência, o que faz com que o segmento seja agitado permanentemente.
“O mercado imobiliário nos Estados Unidos sempre foi muito forte, especialmente pela facilidade de financiamento e juros baixos”, atesta.
Leandro descobriu um nicho para lançar seus empreendimentos, especialmente na área central de Orlando: a construção de casas novas em terrenos ocupados por casas mais antigas. “Central Florida principalmente não tem muita oferta de terrenos e como é uma região que está valorizada, muitas vezes surgem oportunidades de compra de casas antigas, fazer a demolição total e construir casas novas”, justifica.
Segundo o developer, a demanda por esse tipo de empreendimento tem sido muito boa, mas é preciso fazer uma análise de produto versus preço para determinada região para poder lucrar. “Normalmente eu vendo as casas antes de ficarem prontas”, comemora.
Para Leandro, é importantíssimo conhecer o mercado imobiliário e os profissionais que trabalham no segmento. “Não é tão simples tocar uma operação dessas para quem está no Brasil ou em outro país, tem que estar mais envolvido, com uma boa equipe, conhecer o mercado, senão acaba comprando errado”, adverte.
O empreendedor afirma que não só brasileiros, mas pessoas do mundo inteiro têm investido no mercado imobiliário americano, principalmente para ter ativos em dólar. Os objetivos variam de acordo com o apetite do investidor.
“Há pessoas que preferem investimentos comerciais para rentabilizar com aluguel, outras gostam de investimentos residenciais para obter renda em dólar, e outras investem em casas de férias para usar e locar quando não estão usando”, pondera Leandro.
De acordo com o developer, o retorno depende do tamanho do empreendimento. “Se for uma construção maior como um condomínio, um loteamento, em média, o retorno sobre o investimento é de aproximadamente três anos. Já para quem investe em uma ou duas casas no mesmo terreno, o retorno vem em mais ou menos 15 meses. A taxa média de retorno é, em média, de 15%”, finaliza.