Palmas Empresas (TO) – O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e um dos líderes da paralização dos caminhoneiros de 2018, Wallace Landim, conhecido como Chorão, disse no início desta semana que a greve convocada 1º de novembro está mantida em todo o país.
“A greve está mantida. A categoria já deliberou. E não esperávamos um percentual tão alto nesse novo reajuste da Petrobras. Os caminhoneiros estão trabalhando para colocar combustível. A questão agora é de sobrevivência”, afirmou Chorão.
Recentemente a Petrobras aumentou o valor dos combustíveis. Na terça (26/10), passou a valer o novo reajuste de 9,1% no diesel que aumentou de R$ 3,06 para R$ 3,34, uma alta de R$ 0,28 por litro.
Um levantamento feito pela Fretebras, plataforma de transporte de cargas, revelou que 59% dos caminhoneiros apoiam a greve da categoria. De acordo com o levantamento, feito no dia 21 de outubro, 54% dos profissionais do setor pretendem parar suas atividades na data.
Para o deputado Nereu Crispim (PSL-RS), presidente a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, uma paralisação dos caminhoneiros em 1º de novembro já é encarada como inevitável diante da alta do preço dos combustíveis e da frustração da categoria após dois anos de reuniões infrutíferas com o governo.
Reinvindicações
Estas são algumas das demandas do caminhoneiros:
- Redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como PPI (Preço de Paridade de Importação);
- Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;
- Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social);
- Inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;
- Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018); e
- Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015).