Rondonópolis Empresas (MT) – O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF-MT), através de dados do Banco Central do Brasil, revelou que o volume de vendas no varejo e na prestação de serviços no estado atingiram resultados positivos em meio à pandemia por Covid-19, igualando-se, inclusive, ao período anterior à crise político-econômica de 2014/2017.
De acordo com o IPF-MT, o agronegócio mato-grossense, pela sua característica primaria exportadora, impulsionou os demais setores da economia, principalmente nos municípios da região centro do estado, que concentram a produção agropecuária.
O diretor de pesquisas do IPF-MT, Maurício Munhoz, identificou, ainda, que o crescimento dos volumes no comércio e nos serviços foram sustentados, em grande parte, pelo aumento do crédito. “A facilidade no acesso ao crédito tanto das pessoas físicas como das pessoas jurídicas ajudou a movimentar os setores que mais contribuem para o estado”.
Maiores arrecadadores de impostos
As atividades do comércio e de serviços, juntas, somaram mais de R$ 1,38 bilhão em ICMS somente no primeiro bimestre de 2021, excedendo em 30% o projetado pelo governo do estado. Em termos de participação, as atividades respondem por 56% da arrecadação total do imposto, que chegou à marca de R$ 2,45 bi no período.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, ressalta que o aumento da arrecadação no estado é reflexo da Reforma Tributária ocorrida em 2019, que teve sua aplicabilidade no ano seguinte. “Com a alteração do cálculo e da alíquota do imposto, produtos do comércio tiveram aumento do valor cobrado de ICMS entre 10% e 42%”.
Inadimplência em queda
Apesar da alta no consumo, não houve prejuízo na adimplência dos consumidores neste período, pelo contrário, os dados do Banco Central mostram uma diminuição drástica da inadimplência nas operações de crédito em Mato Grosso.
“Os dados dão como certo que o consumo do cidadão, representado pelo comércio e serviços foi, em grande parte, responsável pela melhor arrecadação tributária em Mato Grosso”, concluiu o diretor de pesquisa do IPF-MT.