Por Stenio Silva
A destinação de impostos de pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Real, deduzindo 9% sobre o Imposto de Renda devido, já é uma prática difundida na área contábil e entre o meio empresarial, que realiza doações para projetos culturais, esportivos e sociais. O que é muito válido e deve ser cada vez mais divulgado por suas vantagens para a sociedade e para as próprias organizações, que conseguem, assim, a dedução do imposto, entre outros benefícios.
O recolhimento de Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) cria a oportunidade de doação em segmentos diversos, como projetos culturais, de auxílio ao idoso, à infância e à juventude, na área de esportes e outros. Mas o que pretendo chamar a atenção é para a importância de conectar as empresas com projetos que tenham identidade com suas marcas, comuniquem com a missão atrelada ao DNA da organização.
Projetos que realmente façam sentido, empresários que desejam construir projetos culturais/sociais significativos. É essa a realidade que tenho acompanhado e coordenado, de perto, com assessoria aos nossos clientes, paralelo aos trabalhos de contabilidade. O grande diferencial é construir, em conjunto, projetos relevantes para as empresas, pessoas jurídicas, que possam aportar e destinar seus recursos do imposto de renda.
Apesar de termos inúmeros projetos no mercado, em todas essas áreas que citei anteriormente, alguns empresários não encontram iniciativas que tenham ligação com a marca, com aquilo que desejam se posicionar. Por exemplo, recentemente, atendemos um laticínio que não queria aportar valores para eventos, como shows e festas. Procuravam algo para a família, público infantil. Sentamos juntos, entendemos o que gostariam e buscamos atender a essa necessidade levantada, com algo feito a “quatro mãos”, para ter mais assertividade.
Nessas situações, temos parceiros do Grupo Prestacon que escrevem e aprovam projetos, dentro dos órgãos reguladores, para apresentação às empresas e para fazermos essa captação de recursos. A assessoria permite conhecer as oportunidades de mercado e aportar, assim, valores para incentivar a retomada da cultura, do esporte e do lazer. Tanto no Estado de Goiás, como em todo Brasil, uma vez que temos as leis de incentivo estaduais, baseadas nos valores recolhidos de ICMS, e outras leis nacionais, como a Lei Federal de Incentivo à Cultural.
Nesse cenário nacional, outro bom exemplo que tenho é o projeto “Jennifer pelo Brasil”, que previa a gravação e registro do trabalho da artista Jennifer Scheffer, pela Lei Rouanet. Captamos 100% para execução do DVD da cantora, que já está em produção, em São Paulo (SP). As empresas patrocinadoras tiveram como vantagem a dedução fiscal da integralidade do recurso patrocinado, retorno em relacionamento por meio de fãs da cantora, retorno institucional em marketing e ações de Marketing de Experiência, a exemplo do endomarketing realizado junto aos colaboradores de cada empresa.
Do ponto de vista contábil, a destinação dos impostos é muito saudável para as empresas, não gerando nenhum tipo de risco. Na maioria das vezes, é deduzido 100% do imposto, a organização não desembolsa nenhum valor de caixa para patrocínios. Como apontado no exemplo acima, ainda consegue retorno de posicionamento de marca (branding) e marketing – porque parte do recurso patrocinado é destinado para divulgação dos projetos, em suas respectivas áreas. Isso envolve ativação de marca, geração de negócios, posicionamento em redes sociais, mídias impressas, mídias digitais, jornais, revistas, televisão e rádio.
É muito positivo que as empresas façam esse tipo de aporte, mas que comecem a pensar em fazer patrocínios de forma que alcancem esse retorno de divulgação, de seu nome, dentro daqueles projetos que elas queiram ter sua marca atrelada. Portanto, se sua empresa paga impostos e se deseja direcionar parte do pagamento dos tributos para gerar retorno para sua marca, procure especialistas que apresentem as melhores práticas de mercado em projetos, por meio de Leis de Incentivo. A sugestão é trabalhar, em conjunto, para integrar iniciativas que realmente façam sentido para as organizações.
Stenio Silva
CEO do Grupo Prestacon