Pela primeira vez desde 2016, as operações de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a indústria superaram as do agronegócio. De janeiro a setembro de 2024, os recursos aprovados para o setor industrial corresponderam a 27% do total de crédito do banco, enquanto o agronegócio recebeu 26% do montante.
Até setembro, o BNDES aprovou um total de R$ 154 bilhões para a Nova Indústria Brasil, com destaque para os projetos de inovação, que receberam R$ 9 bilhões, o maior valor já registrado pela instituição nesse segmento.
De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, essa mudança reflete uma transformação na qualidade do crescimento econômico do Brasil, que agora é liderado pela indústria e pelos investimentos. “Temos um grande desafio coletivo de dar continuidade a esses indicadores promissores, que mostram a confiança dos investidores na expansão da capacidade produtiva. Esse movimento é resultado de um cenário macroeconômico favorável e de iniciativas como a Nova Indústria Brasil, que contribuem para o desenvolvimento de uma indústria mais digital, verde e exportadora”, afirmou.
Aumento no Emprego e Produção Industrial
Além dos resultados no crédito, o Brasil também registrou avanços importantes em outros indicadores econômicos. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial teve um aumento de 1,1% em setembro, em comparação com o mês anterior, com destaque para a produção de bens de capital, que cresceu 4,2%.
Outro dado importante divulgado pelo IBGE foi a taxa de desocupação, que caiu para 6,4% no trimestre de julho a setembro, a segunda menor taxa já registrada desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. A pesquisa também revelou que o aumento do emprego no período foi impulsionado pelo crescimento de 3,2% no emprego industrial, evidenciando o papel do setor na recuperação econômica e na geração de postos de trabalho.
Esses dados refletem o fortalecimento da indústria brasileira, impulsionado pela combinação de crédito do BNDES e crescimento sustentável no setor produtivo, contribuindo para um cenário de confiança econômica e geração de emprego.
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