Segundo levantamento da Credence Research, empresa global de pesquisa de mercado e consultoria, o segmento fitness brasileiro deve crescer 9,5% até 2030, movimentando 88,5 milhões de dólares no período. A pergunta que não quer calar é: o que impulsiona esse setor? A resposta pode estar em uma pesquisa denominada Wellness Watch, feita pela HFA (Health & Fitness Association), antiga IHRSA, entidade que reúne profissionais do setor de exercícios físicos ao redor do mundo.
Encomendada pela ABC Fitness, provedora mundial de tecnologia para empresas de bem-estar e responsável pela ABC EVO, plataforma de gestão de academias, a pesquisa traçou o perfil dos praticantes de atividade física nas principais regiões metropolitanas do Brasil, Argentina, Peru, Colômbia e México. O objetivo é orientar gestores do setor a direcionarem seus negócios em 2025.
Um dos dados levantados que ajuda a entender o crescimento do setor é que a motivação dos praticantes de exercícios físicos em academias está voltada para a saúde, e não mais para a estética (emagrecimento ou ganho de massa muscular), como era até pouco tempo — uma verdadeira quebra de paradigma. De acordo com o Wellness Watch, a saúde geral vem em primeiro lugar (44%), seguida pelo bem-estar mental (40%), aumento da confiança (36%) e da autoestima (32%). “Isso talvez já seja um efeito claro da mudança de comportamento pós-pandemia, quando as pessoas entenderam que boa saúde é essencial para quem deseja viver mais e melhor“, avalia Paulo Akiau, presidente da ABC EVO.
Segundo o mesmo levantamento, 61% dos adeptos dos exercícios físicos realizam atividades duas ou três vezes por semana, sendo que 55% deles optam preferencialmente por academias ou clubes. Os principais motivos: acreditam na eficiência desses locais (35%), acham mais convenientes (32%), têm acesso fácil a equipamentos de apoio (29%) ou a orientadores, como profissionais de educação física (26%). “Isso mostra, por si só, que nos grandes centros da América Latina as academias continuam sendo a principal opção para quem busca investir em saúde e bem-estar”, diz Paulo Akiau.
O levantamento também revelou quais são as modalidades mais atrativas para os adeptos da malhação. Atividades ao ar livre, como ciclismo e corrida, têm 43% da preferência. Treinos de força, como musculação, vêm na sequência, com 32%, e logo atrás estão os exercícios cardiovasculares — como a corrida em esteira — com 27%. Esses dados indicam, por exemplo, que gestores de academias poderiam oferecer aos clientes programas de treino que possam ser executados também em praças ou parques.
Outro dado significativo da pesquisa, que também impulsiona a confiança de investidores do setor fitness na América Latina, é que 53% daqueles que não praticam exercícios físicos pretendem mudar essa condição, buscando uma academia. Considerando apenas o Brasil, a tendência é ainda mais animadora: 73% dos sedentários demonstram interesse nesse sentido.
Esses dados têm estimulado novos negócios no segmento, já que as academias estão cada vez mais atentas às necessidades dos alunos, além de buscarem inovações tecnológicas e melhorias na gestão, sempre de olho em um mercado cada vez mais competitivo. “É por isso que a ABC EVO antecipa as necessidades do setor, oferecendo soluções práticas que contribuem para alavancar os negócios e um melhor posicionamento dos clientes. Não é à toa que o nosso crescimento deve ser de 22% no segundo semestre de 2025”, reforça Akiau.
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