Brasília Empresas (DF) – Crise para uns, oportunidades para outros. Para além da gravidade de todo o desequilíbrio gerado, em todas as áreas, pela pandemia, há quem encontre meios de crescer. É o caso do empresário e chef chocolatier Alexandre Ferreira, à frente da Chocolateria Aguimar Ferreira.
Mesmo com as expectativas desoladoras, Alexandre mergulhou ainda mais no estudo das estratégias digitais, um dos assuntos que mais gosta, depois de chocolate e futebol, e foi em busca de novos projetos. Resultado, conseguiu aumentar a clientela não apenas no Brasil, como se prepara para entrar no mundo das exportações.
Neste momento, a empresa brasiliense está em fase de negociação com uma empresa mexicana interessada em comprar nada menos que 250 mil alfajores, em uma transação de R$1 milhão.
“Em um dos módulos da Qualificação do Peiex (Programa de Qualificação para Exportação oferecido pela Apex-Brasil– convênio entre UNICEUB e APEX BRASIL no Distrito Federal), fui informado sobre os canais de contato com o importador e algumas ferramentas que facilitam a transação, como o Portal Connect Américas”, declara Ferreira, que continua, “Eu logo me cadastrei e na mesma semana recebi uma cotação”, conta.
O empresário explica que todo o processo é complexo, envolvendo apresentação de documentação, negociação, tributação, logística, certificações, embalagens, produção. Até a expedição do pedido podem transcorrer cerca de oito meses, mas que a empresa já se sente vitoriosa.
“Nossa qualidade foi atestada em relação a produto, gestão e estrutura, o que nos coloca em outro patamar competitivo. Vimos que há possibilidades reais de ir além. O mais importante é o empresário se manter motivado, afastar a ideia de que nada vai dar certo e passar este entusiasmo para sua equipe e parceiros. Como eu acredito muito no meu negócio, vou atrás. Perseguimos o sonho de internacionalizar a marca e de nos tornar uma referência no seguimento de chocolates especiais no Brasil. Com este passo estamos mais perto dessa realização”, complementa o empreendedor.
Sobre o momento, Alexandre Ferreira chama a atenção para se olhar além dos pontos negativos acarretados com a pandemia. “Em situações até mesmo inimagináveis como esta, são formadas novas culturas de consumo, tanto em relação aos produtos como em relação à forma de aquisição. Nas exportações, por exemplo, nos favorece a valorização da moeda estrangeira. O mercado está em busca de inovações e respondendo a elas com rapidez”.
Para Renata Rosa, que monitora o Programa de Qualificação para Exportação – PEIEX, o Alexandre é um empresário arrojado, muito estudioso e atento a todas as oportunidades.
“Foi muito gratificante observarmos toda a atenção e dedicação durante o PEIEX. O resultado de tanta dedicação foi ele ter conseguido um comprador internacional ainda durante a qualificação, o que é muito difícil de acontecer. Sabemos que pela qualidade de seus produtos, a empresa irá atender agora exigentes clientes internacionais. A Aguimar Ferreira, sem dúvida, contribui para destacar internacionalmente o nome de Brasília e ajuda o Brasil a ser reconhecido no exterior por produtos de alta qualidade”, atesta.
Segundo o empreendedor o objetivo é “construir um império de chocolates finos no país, e também exportar os meus produtos, mostrando que o Brasil tem potencial não só para cultivar o cacau, mas para produzir o melhor chocolate do mundo. Estou com 30 anos. Tenho tempo e vontade para isso”.
Alexandre conta que o nome da empresa faz uma homenagem aos seus pais, ainda vivos, sua mãe Aguimar Araújo e seu pai Manoel Ferreira, suas grandes inspirações e seus maiores incentivadores quando tudo começou na cozinha de casa.
Qualidade, pontualidade, compromisso e criatividade. A marca Aguimar Ferreira Chocolateria e Confeitaria foi fundada em 2009 com uma proposta arrojada e inovadora. A empresa trabalha com doces finos, bombons personalizados, bem casados, brownies, alfajores, pães de mel, bolos, maquetes, cupcakes e chocolates funcionais.
