Brasília Empresas (DF) – No segundo trimestre de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado, o desempenho econômico do Distrito Federal registrou queda de 4,2%. O número negativo foi divulgado na quarta-feira (23/9), na 13ª edição do Boletim de Conjuntura do Distrito Federal.
No acumulado em quatro trimestres, a economia brasiliense apresenta tímida variação positiva, de 0,4%, enquanto a economia brasileira registra queda de -2,2%. O cenário é descrito pelo Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF) e mostra que a pandemia do novo coronavírus influenciou significativamente a economia do DF.
Em relação à ocupação dos trabalhadores, houve contração generalizada em todas as ocupações, exceto no setor público, que apresentou crescimento de 9,1% no período, grande parte em razão das contratações na área da saúde.
Setor privado reduzido
Em relação ao setor privado, houve uma redução significativa no número de empregados sem carteira assinada (-31,6%, ou -31 mil ocupados) e com carteira assinada (-16,3% ou -92 mil ocupados). Entre os empregados domésticos, houve redução de 23,1% (-21 mil ocupados).
Segundo o boletim, houve 23 mil desligamentos a mais que contratações no 2º trimestre de 2020 no DF, ocasionando uma redução de 131 mil pessoas na massa de ocupados. No total, a taxa de desemprego distrital encerrou o primeiro semestre de 2020 em 21,6%, frente a 19,4% no mesmo período de 2019, o que equivale a 327 mil pessoas desocupadas na capital federal.
O índice negativo é resultado de diversos fatores, entre eles, a desaceleração nos setores da indústria (-10,9%) e de serviços (-3,9%). O crescimento da agropecuária (2,1%) contribuiu para amenizar o resultado, embora corresponda por apenas 0,4% da estrutura produtiva do Distrito Federal.
A redução no consumo de bens e serviços, ocasionada pela perda do poder de compra da população local, e a paralisação das atividades econômicas, explica as quedas no comércio (-20%) e na construção (-15,1%), principais segmentos responsáveis pela redução observada no crescimento da Indústria e dos Serviços, este último representando 95,7% da estrutura produtiva do DF.