No último dia do ano, vai ao ar também o último episódio de Stranger Things, série da Netflix que conta as aventuras de cinco amigos na fictícia cidade de Hawkins e seu ‘mundo invertido’. O lançamento rapidamente passou a dominar a pauta do consumo e da comunicação, com collabs, publicidades temáticas e ações de live marketing espalhadas pelo planeta.
Essa virada de chave do mercado, que passou a entender o hype da cultura pop como oportunidade para marcas, se vê refletida em um levantamento da Licensing International: campanhas que conectam empresas a propriedades do entretenimento podem aumentar em até 20% o engajamento com o público.
Recentemente, a cultura pop assumiu de vez o protagonismo nas estratégias de comunicação. “De Barbie ao Big Brother, passando por séries como Round 6 e tendências que explodem no TikTok, é nesses picos culturais que o público está mais atento, engajado e disposto a conversar. Quando isso acontece, marcas conseguem entrar com naturalidade e ocupar espaço real na conversa”, afirma Haynabian Amarante, COO da HUSTLERS.BR.
Quando Barbie chegou aos cinemas, centros comerciais de várias capitais receberam ativações imersivas, como a “Casa da Barbie” e instalações instagramáveis. Em Round 6, o universo das provas saiu da tela para o espaço público, com réplicas de personagens e dinâmicas que estimulavam o público a interagir e compartilhar, conectando o físico ao digital.
Até Friends, série dos anos 1990 que exibiu seu último episódio há mais de 20 anos, voltou ao cenário com exposições temáticas e sets montados em vias públicas, e por um tempo dominou coleções de lojas de vestuário e itens de decoração. Apesar de ser alguns anos mais nova, a franquia de filmes Harry Potter segue o mesmo caminho.
Com Stranger Things, o movimento está se repetindo em escala. Lojas passaram a recriar cenários icônicos da série, com luzes natalinas e fliperamas retrô, enquanto redes de fast food levam o público ao “Mundo Invertido” com ambientação temática e ativações para fãs. Outras marcas apostaram em experiências imersivas, como o ‘Stranger Things Day’, com produtos especiais e espaços fotografáveis.
Por isso, ignorar esse tipo de pulso cultural significa perder timing. E timing, hoje, representa resultados. “Estar presente em grandes momentos de atenção coletiva transforma campanhas em conversas vivas, que se espalham entre telas, ruas, timelines e comunidades de fãs. Quem consegue entrar com consistência e autenticidade não apenas aproveita o hype, mas consegue se aproximar ainda mais do público”, destaca Haynabian.
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