Por Anna Bastos
O momento inevitável chegou para você, que ainda não implementou o ESG na sua empresa. É necessário conhecer os três pilares e aplicá-los, pois tornaram-se tendência para o crescimento dos negócios a partir da adoção de boas práticas de governança, práticas sociais e sustentáveis do ponto de vista ambiental.
Nesse contexto, o conceito da sigla ESG consiste em:
E: de Ambiental (do inglês environmental) – consiste no cuidado com os recursos naturais limitados, e com os impactos no planeta: água, ar, dentre outros recursos naturais que são utilizados pelas empresas e são essenciais para o bem-estar social,, além do cuidado em se adotar práticas concretas que não sejam consideradas “greenwashing”;
S: de Social – consiste no cuidado especiai com temas que envolvem os Direitos Humanos e o fator social, por, exemplo: Direitos Trabalhistas, diversidade, inclusão, entre outros. É um pilar que se preocupa com o social: as pessoas, a comunidade e a forma como a empresa se relaciona perante a sociedade;
G: de Governança – consiste na importância em se adotar boas práticas de governança corporativa, gestão de riscos, Compliance e o questões relacionadas à conformidade legal.
A efetivação dos três pilares ESG na empresa é capaz de colocá-la em uma posição de constante ascensão no mercado em que atua, capaz de atrair importantes stakeholders , além de criar uma cultura empresarial com bases sólidas, que vai sustentar a empresa por um longo período.
A cereja do bolo
Importante ressaltar que se sua empresa já está de acordo com os critérios ESG, quem sabe não falta evidenciar com mais eficácia a adoção de tais práticas? Colocar na vitrine, para que seu público-alvo e possíveis investidores conheçam a cultura da empresa. Sim, é preciso analisar esse ponto.
Como todas as tendências, o ESG cresceu num movimento top-down (de cima pra baixo, seguindo as hierarquias), em que inicialmente apenas empresas de grande porte demonstraram interesse em adotar os critérios sociais, ambientais e de governança. Recentemente percebemos uma onda de interesses sobre ESG e sobre como fazer com que empresas consigam se adaptar a essas novas demandas.
No entanto, não há como negar: muitas dessas estratégias de implementação ainda eram difíceis para empresas de médio e pequeno porte, uma vez que adicionar um novo pilar de valor demanda esforços e investimentos altos. Para 2023, podemos esperar que as soluções que foram desenvolvidas no passado passem a ser acessíveis para empresas menores, aprofundando o alcance do ESG por todo o mercado.
Assegurar que a empresa siga as normas ESG é inclusive uma das estratégias para atrair novos clientes e parceiros e garantir a ascensão da empresa neste ano.
O mercado está atento aos novos desdobramentos e desenvolvimentos de tecnologias em torno de questões sustentáveis, sociais e de governança. E com a crescente adesão de empresas brasileiras ao ESG, é de se esperar que os parâmetros do Brasil se tornem cada vez mais exigentes.
Assim, precisamos dar mais visibilidade ao debate sobre ESG nas organizações, sejam elas pequenas ou de grande porte. E ter sempre em mente: o ESG é desenvolvido por pessoas e a cultura de se adotar novas ações precisa ser realizada por elas para garantir a perenidade dos negócios na sociedade de forma ética, humana e sustentável.
Anna Bastos
Empreendedora e advogada especialista em Negócios e Direito Internacional.