A indústria goiana vem ganhando cada vez mais relevância no cenário das exportações do Estado. Conforme levantamento do Observatório da Fieg, do total geral de exportações feitas por Goiás em 2023 (US$ 13,8 bilhões), a indústria de transformação respondeu por 42,64%, ficando atrás apenas do agronegócio, com 53,49%.
Para incentivar que mais indústrias passem a exportar, acontece hoje o Encontro Internacional de Comércio Exterior (EICE) chega a sua 11ª edição e, neste ano, será realizado simultaneamente à 1ª Expoind – Feira de Fornecedores de Tecnologias e Soluções para a Indústria de Goiás –, que ocorrerá entre os dias 9 e 11 de outubro, no Centro de Convenções da PUC Goiás, em Goiânia. Os dois eventos são realizações da Fieg, com apoio do Sebrae Goiás e promoção da QG Business.
Durante o EICE, acontecerão rodadas de negócios entre compradores internacionais e indústrias goianas dos segmentos de alimentos e bebidas, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) e indústria química.
Estarão presentes compradores da Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Peru, além de representações de embaixadas de sete países – Bélgica, Estados Unidos, Guiné, Macedônia, Congo, Timor Leste e Uzbequistão –, que trarão oportunidades para as indústrias goianas.
“A proposta da rodada de negócios que iremos promover dentro do EICE é encurtar o caminho entre indústrias goianas que querem exportar e potenciais compradores internacionais”, explica Juliana Souza Tormin, analista de comércio exterior do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fieg.
Na última rodada de negociações realizada durante a 10ª edição do EICE, foram 26 empresas participantes, cerca de 100 reuniões de negócios promovidas e mais de US$ 10,5 milhões em negócios estimados nos 12 meses seguintes. “Nossa expectativa é dobrar esses números nesta edição do encontro”, afirma Juliana.
A inscrições do evento foram abertas para indústrias goianas desses três segmentos citados, de qualquer porte. As empresas inscritas receberam da Fieg uma pequena consultoria prévia para ajudar nas reuniões de negócios. Caso efetivem negócios de exportação, a FIEG também dispõe de assessoria especializada para as indústrias em Goiás para executarem as operações no comércio exterior.
Exemplo
O empresário Jamil Pereira é sócio-diretor da Alhesco, uma pequena indústria de molhos, pimentas em conservas e de outros condimentos culinários, localizada na cidade de Nerópolis, a 35 quilômetros de Goiânia. Ele começou a exportar em 2024. “Quando nós começamos com esse processo de exportação, a gente imaginava, claro como todos que têm uma empresa de pequeno porte, que isso era quase impossível. Que não era para gente”, conta ele, que recebeu a consultoria e apoio da FIEG no processo exportação. Seus resultados fazem parte dos US$ 2,7 bilhões que a indústria goiana exportou só no primeiro semestre de 2024. O volume é 2% maior do que o registrado em igual período em 2023, conforme dados do Observatório da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).
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