Campo Grande Empresas (GO) – O Relatório do modelo meteorológico da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), divulgado na última sexta-feira (19), aponta que o fenômeno La Ninã pode se estender até a primavera neste ano e, consequentemente, impactar as safras e o agronegócio em Mato Grosso do Sul.
Conforme o diagnóstico, a tendência é que o fenômeno climático diminua a intensidade no meio do ano, voltando a aumentar no segundo semestre com possível atraso de chuvas para as regiões sudoeste e centro-oeste do Brasil, conforme análise da Somar Meteorologia.
“Se essas previsões confirmarem o que pode acontecer na safra de verão 2021/22 é um atraso do plantio como ocorreu nesta safra atual, isso é um risco. Outro risco é agora para o milho safrinha. Existe uma previsão da Embrapa de 75% de chance de probabilidade de ocorrer pelo menos uma geada nesse outono/inverno nosso. E é exatamente neste período que nós temos a principal safra de milho. O milho safrinha hoje é a principal safra do Estado no período de inverno. Então é preocupante porque pode afetar o milho numa fase que ele é muito sensível”, disse o diretor executivo da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, Fernando Luiz Nascimento.
O especialista recomenda que o produtor deve se planejar e utilize ferramentas de monitoramento como o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). “Plante dentro do período recomendado. No caso do milho, até o mês de março. Evite prolongar o máximo possível o plantio. Porque se realmente acontecer essa questão da geada lá por maio ou julho, pode complicar a questão da produtividade do milho safrinha aqui em Mato Grosso do Sul”, orienta.