Palmas Empresas (TO) – A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgou em 23 de março que o volume de financiamentos imobiliários deve continuar crescendo em 2021, após ter batido recorde em 2020. A expectativa é que o montante financiado chegue a R$ 157 bilhões este ano – uma alta de 27% em relação a 2020.
Segundo a associação, o aumento da Selic – que passou de 2% para 2,75% ao ano em 17 de março –, não deve mudar esse cenário de forma imediata. Analistas do setor afirmam que este é o momento ideal para financiar um imóvel, já que as taxas devem voltar ao patamar de dois dígitos por volta do ano que vem — uma vez que a curva de juros futuros está apontando para cima.
“[Com a alta da Selic] Pode haver um incremento de juros, mas nada significativo a ponto de as pessoas reverem seus planos. Em 2017, as taxas eram de 11%. Hoje, são de 6,8%. Há um intervalo enorme”, disse Cristiane Portella, presidente da Abecip.
Na avaliação da executiva, além dos juros mais atrativos, o setor foi beneficiado também pela demanda dos brasileiros por imóveis maiores, com espaço de lazer e cômodo para home office. “E para facilitar os consumidores, há opções de financiamentos com correção pelo IPCA, taxas pré-fixadas, fixas e pela poupança. O brasileiro hoje tem novas opções para comprar a casa própria”, acrescentou.
O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) explica que, enquanto o setor imobiliário oferecer taxas abaixo de dois dígitos, ainda vai haver aumento de apetite dos brasileiros por imóveis. De acordo com a entidade, as incorporadoras comercializaram 119.911 unidades em 2020, volume 26,1% superior ao registrado em 2019.
“Quando um empresário compra um imóvel, faz isso porque espera que haja demanda para o empreendimento. O Brasil tem necessidade de construir”, finalizou França.