O Fórum das Cidades Inteligentes, promovido pelo Senac GO, debateu nesta quinta-feira (22), o cenário das cidades inteligentes no Brasil. Goiânia, como cidade-anfitriã, foi destaque no debate. Para o presidente da Fecomércio-GO, Marcelo Baiocchi, o tema merece atenção das campanhas eleitorais deste ano – para o executivo municipal – para buscar soluções que ofereçam ganho de qualidade de vida para os cidadãos.
O evento reuniu especialistas das principais áreas relacionadas ao conceito de cidades inteligentes para compartilhar ideias e soluções sobre como criar um futuro melhor e mais sustentável para as cidades e seus cidadãos e empoderar profissionais do segmento de gestão pública e serviços públicos e empresários, comerciantes, comerciários e alunos do Senac Goiás, através da difusão das mais modernas tecnologias e ferramentas para gerar melhores serviços públicos e seu impacto nos setores de Comércio, Serviços e Turismo.
Marcelo Baiocchi destacou que esse momento eleitoral é o ideal para discutir e para pensar a cidade. “Nós queremos trazer a discussão. Os grandes problemas debatidos em uma campanha podem ser solucionados com uma transformação digital da cidade, com inteligência, inovação e tecnologia. O Sistema Fecomércio Senac Sesc se insere porque mais de 70% do setor produtivo da capital ou do Estado é formado por empresas de comércio de bens, serviços e turismo. As discussões interessam e interferem diretamente no setor. O Centro (de Goiânia) precisa de recuperação, mas principalmente de ser ocupado de forma inteligente, com investimentos, atração de novos negócios e geração de emprego”, afirmou o presidente do Sistema.
Para o líder empresarial, transformar Goiânia é buscar um ambiente melhor de negócios. “É muito importante entendermos que todas as premissas passam pela busca de compreender o que é e que precisamos ser uma cidade inteligente”, apontou Baiocchi.
Palestrantes
O palestrante Miguel Fernandes, colunista da revista Exame que acumula as funções de Chief Artificial Intelligence Officer e coordenador dos programas de pós-graduação em IA da Faculdade
EXAME, iniciou com o tema “Inteligência Artificial à serviço do cidadão” destacando a evolução das cidades inteligentes e reforçou que o movimento tem ganhado dinâmica maior com a ampliação da conectividade com a internet. “Na Europa, por exemplo, existe uma preocupação maior, e há mais tempo, com a sustentabilidade. Portugal, onde moro hoje, tem algumas cidades que são referência em termos de inteligência artificial”, disse ele.
Miguel, também conhecido como Inventor Miguel, disse que o maior uso de internet amplia os números de sensores na cidade – equipamentos que coletam dados para municiar os líderes nas tomadas de decisões. “Eu vejo que na Europa está mais avançado. Aqui, no Brasil, falamos muito de São Paulo, mas eu não acho que São Paulo seja fácil para implantar projetos de cidade inteligente, pelo tamanho, que cresceu de forma desgovernada, e falhas na conectividade – internet é ruim”, avaliou.
Com relação a Goiânia, Miguel aponta: “É uma cidade que está justamente nesse processo de crescimento. Goiânia lembra uma cidade de Portugal chamada Aveiro, no que se refere ao planejamento e construção de uma cidade inteligente, que são processos evolutivos que não se consolidam de um dia para o outro”.
Também palestraram no evento: Amauri Marquezi de Luca, presidente da Companhia de Informática de Jundiaí, com o tema “Criando cidades inteligentes no Brasil”; Renata Andrade, presidente da Rede Climática de Sustentabilidade (RCS), com o tema “Criando sustentabilidade e governança para cidades inteligentes”; Rodrigo Pedroso, presidente do Conselho da ABSOLAR, com o tema “A cidade como geradora de energias renováveis” e encerrando as apresentações, Yonatan Gonen, vice-Embaixador de Israel, com o tema “Caso smart cities Israel”.
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