Por Juscimar Ribeiro
O diálogo entre os gestores públicos e os cidadãos é essencial para garantir uma administração transparente, eficaz e verdadeiramente voltada para o bem-estar coletivo. A construção de políticas públicas eficientes e justas depende da participação ativa da população, que, por meio da comunicação com os governantes, pode expressar suas necessidades, preocupações e sugestões.
O zelo pela coisa pública com olhar para o cidadão
A administração pública tem como obrigação fundamental o zelo pela coisa pública, isto é, a gestão responsável dos recursos e bens coletivos. No entanto, esse compromisso não pode ser encarado de maneira burocrática ou distante da realidade dos cidadãos. As políticas públicas devem ser desenhadas e implementadas considerando o impacto que terão na vida das pessoas, promovendo o desenvolvimento social, econômico e cultural de maneira equilibrada.
O bom gestor público não apenas administra recursos, mas também dialoga, escuta e ajusta suas ações para atender às demandas da população. A tomada de decisão deve estar alicerçada em uma visão que valorize a transparência e a participação social, permitindo que os cidadãos acompanhem e contribuam para a gestão pública.
Respeito aos direitos e abordagem pedagógica
Mesmo dentro da legalidade, as ações do poder público devem ser conduzidas com respeito aos direitos dos cidadãos. A administração não pode se limitar à aplicação de leis e regulamentos de forma mecanicista ou punitiva. Ao contrário, o ideal é que as medidas governamentais, antes de serem repressivas, tenham caráter educativo.
Uma abordagem pedagógica na gestão pública significa investir em campanhas de conscientização, promover o diálogo aberto sobre regras e procedimentos e incentivar a colaboração da sociedade. A atuação preventiva e educativa gera melhores resultados a longo prazo, reduzindo conflitos e garantindo que as normas sejam seguidas por entendimento e compromisso, e não apenas por coerção.
Temos assistido em Goiânia diversas ações da municipalidade que tem sido vistas por grande parte da população como ações truculentas e de força por parte da gestão municipal, cito como exemplo a abordagem a cidadãos que descartavam moveis em locais errados, lavadores de carros em praça sendo ameaçados, abordagem ríspida a médicos e profissionais da saúde em unidades municipais e por último, a questão da utilização dos parques municipais. Não se quer aqui justificar os erros dos cidadãos, mas conclamar a termos uma relação mais equilibrada.
Conclusão
Um governo eficiente é aquele que, além de gerir bens e recursos públicos com responsabilidade, mantém uma relação estreita e respeitosa com os cidadãos. O diálogo aberto e transparente não apenas fortalece a democracia, mas também melhora a qualidade das políticas públicas e a confiança da população na administração. A construção de uma sociedade mais justa e equilibrada depende de gestores que vejam no cidadão não apenas um destinatário de decisões, mas um parceiro essencial na construção do futuro.
Juscimar Ribeiro
Advogado especialista em direito administrativo e direito constitucional; presidente do instituto de direito administrativo de Goiás-Idag; conselheiro do instituto brasileiro de direito administrativo- IBDA.
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