Campo Grande Empresas (MS) – Prognóstico para 2021 publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) prevê aumento de 5,2% na safra da soja em Mato Grosso do Sul, que deve ultrapassar os 11 milhões de toneladas. Na safra anterior, a produção estadual bateu os 10,5 milhões de toneladas.
O aumento, conforme o documento, se dá em função dos “preços mais compensadores da soja, em relação ao milho. Assim, os produtores devem ampliar suas áreas de cultivo, que em 2021 deve representar mais de 57,0% da área total utilizada para o plantio de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas do País”, destaca.
Assim, o Estado que atualmente é o quinto maior produtor de soja do país deve se aproximar da produção de Goiás, o 4º maior produtor, que deve registrar queda de 2,5% na próxima safra, conforme o IBGE.
Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,7%, seguido pelo Paraná (15,9%), Rio Grande do Sul (10,3%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,7%) e Minas Gerais (6,2%).
Produção recorde de soja no Brasil
Estimativa é de que o Brasil se torne o maior produtor de soja, ultrapassando os EUA, e registre a maior safra de grãos da história, apesar da queda prevista na produção de milho e de feijão.
Segundo o IBGE, o recorde de 2020 deverá ser alcançado a partir do crescimento de 6,7% na produção de soja.
“Essa será a primeira vez que o Brasil ultrapassará os Estados Unidos na produção de soja, se tornando o maior produtor mundial”, destacou o analista da coordenação de Agropecuária do IBGE, Carlos Alfredo Guedes.
A alta na produção de soja deverá ser puxada, sobretudo, pelo Mato Grosso, que aumentou em 2,2% a área plantada, e pelo Paraná, que é o segundo maior produtor nacional de soja prevê aumento de 22,5% da produção.
“Esse estado sofreu muito esse ano em função da seca e temperaturas alta, então ele deverá recuperar sua produção em 2020”, ressaltou Guedes.
Valor da produção agropecuária de MS chega ao recorde de R$ 70,9 bilhões
O Valor Bruto da Produção (VBP) de Mato Grosso do Sul cresceu 29% em 2020, chegando a marca histórica de R$ 70,9 bilhões. Os dados do levantamento do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) mostram ainda que o Estado é o 7º no ranking brasileiro nas riquezas produzidas pelo agronegócio.
O secretário Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) explica que o valor recorde está baseado em uma agricultura inovadora com tecnologia e sustentável, resultado de várias ações de uma cadeia integrada para o crescimento com tecnologia e pesquisa.
“Isso mostra a capacidade de inovação do agronegócio, unido com uma política agrícola do Governo Federal de disponibilidade de crédito para investimentos, mercado internacional forte com altos níveis de produtividade, crescimento com alteração do uso e ocupação do solo, sem a necessidade de abertura de novas áreas”, conta.