Em alta temporada do Rio Araguaia, ouvimos muito sobre a preservação ambiental e como existem desafios crescentes à sua biodiversidade, relacionados à pesca predatória e a falta de consciência ambiental da população que frequenta o local no mês de julho. Porém, não é um assunto para ser discutido apenas durante um mês do ano. Práticas que efetivamente tragam a preservação e a prosperidade da vida aquática na bacia do Rio Araguaia devem ser executadas durante todo o ano. Até para que, no futuro, turistas continuem desfrutando a temporada com a riqueza natural da região.
Com essa visão de sustentabilidade perene, é que o Instituto Rizzo tem escolhido projetos relacionados à preservação do meio ambiente para apoiar. O projeto Peixara, de pesquisa e conservação da fauna de peixes da bacia do Rio Araguaia – em especial da Piraíba, espécie alvo de pesca predatória – é um deles. Os idealizadores usam um tema muito ligado ao nosso propósito: “Conhecer, Conservar e Prosperar”.
Para “conhecer” o comportamento dos peixes do Rio Araguaia, utilizam a marcação com tags e tecnologias de ponta, como a radiotelemetria e análise de DNA para estudos populacionais e identificação de ovos e larvas de peixes. Para “conservar”, utilizam os conhecimentos entre ciência e sociedade para disseminar informações de maneira efetiva e responsável sobre a conservação e uso sustentável da bacia hidrográfica, trazendo equilíbrio entre turismo, pesca esportiva e natureza. Para “prosperar”, a aposta é na conservação consciente, como ferramenta de prosperidade para o ambiente, para as comunidades ribeirinhas e para a sociedade como um todo.
O projeto Peixara tem uma estratégia clara de engajamento com guias, comunidade local e frequentadores do Araguaia, transformando suas atividades em um movimento abrangente de sensibilização e ação. Um exemplo é o envolvimento de guias de pesca esportiva para o tagueamento dos peixes do Rio Araguaia. Uma equipe, dos chamados cientistas-cidadãos, está capacitada para atender ao projeto. Foram marcados, até julho de 2024, 200 peixes e registradas três recapturas. Um novo lote com 700 marcas será distribuído ainda nesta temporada.
A utilização da tecnologia de ponta também tem trazido resultados surpreendentes quando são realizados os monitoramentos dos peixes. Em julho, foi divulgado um novo recorde de deslocamento. Uma piraíba, marcada em novembro de 2022, subiu 400 quilômetros do Rio Araguaia. Registros como esse trazem informações inéditas e valiosas para a proteção da espécie. Essa é uma forma de sustentabilidade da pesca e turismo na região, que recebe nossos aplausos.
No Instituto Rizzo, gostaríamos de ser a ponte entre o passado e o futuro, onde as raízes da cultura se encontram com as sementes da preservação ambiental. Incentivamos a criação de um legado de beleza e consciência para as gerações que virão. E ainda deixamos uma dica para os pescadores do Araguaia: se encontrar um peixe marcado, registre o máximo de informações e entre em contato com o projeto Peixara.
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