Campo Grande Empresas (MS) – Mato Grosso do Sul apresenta saldo positivo na geração de empregos nos cinco primeiros meses deste ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, de janeiro a maio, o Estado registrou 113.204 contratações e 88.864 desligamentos, resultando em saldo de 24.340 postos formais.
O setor de serviços foi responsável por 44,9% do bom desempenho de 2021. No acumulado do ano, foram 44.606 admissões ante 33.672 demissões, resultando em 10.934 vagas.
“O saldo positivo, com o destaque para o setor de serviços, aponta para recuperação da economia de Mato Grosso do Sul. O ano de 2021 está mantendo resultados favoráveis, e a geração de emprego e renda é essencial para a economia e as pessoas”, observa a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS (IPF-MS) Regiane Oliveira.
De acordo com a economista Daniela Dias, o setor tem se destacado no ano vigente em decorrência da mudança da necessidade das pessoas.
“O segmento de serviços passou a ser mais demandado de fato, dadas as alterações do comportamento das pessoas bem como dos empresários, e tudo isso acaba interferindo nesse cenário”, avalia.
“Consequentemente, temos essa possibilidade de aumento da empregabilidade no setor de serviços, em que mais se admitiu do que se demitiu. Essa é uma tendência que pode continuar existindo, por causa da necessidade do público”, completa.
Ainda de acordo com a economista, destacam-se dentro do segmento: alimentação saudável, marketing digital, venda a distância e prestação de serviços de ensino, consertos, obras, decoração, etc. “A gente percebe que as pessoas estão demandando mais e de forma diferenciada”, analisa Daniela.
Na sequência, apresentam resultado positivo: comércio, com saldo de 5.101 empregos; indústria, 3.153 vagas; agropecuária, 2.694 postos; e a construção civil, 2.098 empregos. No mesmo período do ano passado, o Estado registrava saldo negativo no mercado formal de 3.526 postos de trabalho.
MENSAL
Em maio, Mato Grosso do Sul registrou saldo positivo na geração de empregos formais. Conforme os dados divulgados ontem pelo Ministério da Economia, em maio, o saldo de empregos ficou positivo em 4.327 vagas, resultado de 21.993 admissões e 17.666 demissões.
O setor de serviços também puxou a geração de empregos no mês de maio, sendo responsável pela criação de 1.597 vagas. No setor da indústria foram 1.097 novas vagas, e no setor do comércio, 1.091. Na construção civil foram 590 empregos, e o único com resultado negativo foi a agropecuária (-48).
No mesmo mês do ano passado, o saldo foi negativo em 2.830 empregos. É o quinto resultado positivo do indicador, que registrou em dezembro de 2020 o último mês com queda (-2.826).
“De fato a gente percebe que esse saldo positivo de empregos já sinaliza alguns registros de melhoria em termos de formalização. As pessoas estão tentando contornar a situação, e as estratégias adotadas pelos empresários diante desse cenário têm surtido efeito”, considera Daniela Dias.
“Especificamente quando a gente fala sobre o setor de serviços, parece que isso ainda fica mais nítido, dada a necessidade de se reinventar em meio a um cenário conturbado”, completa.
PAÍS
No Brasil, foram 1.548.715 admissões e 1.268.049 desligamentos, saldo mensal de 280.666 postos em maio. As cinco regiões brasileiras apresentaram saldo positivo.
De janeiro a maio, houve 7.971.258 admissões e 6.737.886 desligamentos, saldo total de 1.233.372 empregos formais para os cinco primeiros meses do ano.
“A economia brasileira continua surpreendendo. Mais de 280 mil novos empregos criados em maio, completando, nos primeiros cinco meses do ano, 1,2 milhão novos empregos. Importante também registrar que todas as regiões, todos os setores e todos os estados registraram a criação de novos empregos”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Ou seja, é um processo bastante abrangente. É a economia brasileira se levantando. E o mais importante: setores que estavam muito fragilizados, como serviços, estão sendo destaques deste mês de maio”, completou o ministro da Economia, Paulo Guedes.