Mato Grosso registrou uma taxa de desocupação de 3,5% no primeiro trimestre de 2025, a terceira menor do Brasil. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, analisada pelo Observatório da Indústria da Fiemt. Apenas Santa Catarina (3%) e Rondônia (3,1%) apresentaram índices inferiores.
O resultado confirma o bom desempenho da economia mato-grossense, puxada principalmente pelos setores do agronegócio, indústria e serviços. A indústria emprega atualmente 1,89 milhão de pessoas, enquanto apenas 68 mil estão fora do mercado de trabalho.
A menor taxa de desocupação foi registrada no Sudoeste do estado, com apenas 1,8%. Em seguida, a região Norte aparece com 2,1%. O Leste registra 3,9%, enquanto Cuiabá apresenta 4,2%. No entanto, o Entorno Metropolitano e o Colar Metropolitano da capital enfrentam índices mais elevados: 7,4% e 8,5%, respectivamente.
Desigualdades persistem no mercado de trabalho
O levantamento também revela desigualdades de gênero e escolaridade. A taxa de desemprego entre mulheres (5,3%) é mais que o dobro da observada entre homens (2,2%). Pessoas com nenhuma instrução ou menos de um ano de estudo registram a maior taxa (6,0%), seguidas por quem tem ensino superior incompleto (4,7%).
Jovens de 14 a 17 anos enfrentam maior dificuldade para inserção no mercado, com taxa de 16,6%. Entre os grupos étnicos, os pardos têm a maior desocupação (3,9%), seguidos por pretos (3,3%) e brancos (2,9%).
Informalidade recua, mas ainda é alta
O número de trabalhadores informais caiu de 674 mil para 668 mil, com a taxa de informalidade ficando em 35,2%. O índice é maior entre os homens (36,4%) do que entre as mulheres (33,6%). A informalidade segue concentrada entre os trabalhadores com menor nível de escolaridade.
Estado lidera menor percentual fora da força de trabalho
Mato Grosso também se destaca com o menor percentual de pessoas fora da força de trabalho no país: 30,54% da população em idade ativa. O principal motivo alegado é o envolvimento com afazeres domésticos, especialmente entre as mulheres.
Os dados confirmam o dinamismo da economia mato-grossense, mas também apontam para a necessidade de políticas públicas voltadas à qualificação profissional e à inclusão de grupos mais vulneráveis no mercado de trabalho.
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