Uma pesquisa inédita realizada com quase 9 mil colaboradores de diferentes empresas traz o cenário atual, e preocupante, da saúde corporativa no Brasil. Promovida pela corretora de benefícios de saúde, Pipo Saúde, o levantamento mostrou que 48% dos respondentes têm risco de saúde mental, 44% têm risco de insônia, 60% são sedentários e 60% têm sobrepeso e obesidade. Os colaboradores pertencem a empresas com perfis diferenciados, de segmentos como tecnologia, varejo e bens de consumo, e de diferentes tamanhos.
“O estudo mostra que precisamos olhar com mais cuidado para a saúde dos colaboradores das empresas brasileiras. Uma população com risco alto de saúde mental, baixa qualidade de sono, sedentarismo e acima do peso, pode levar a aumento do absenteísmo e do presenteísmo, baixa produtividade e um baixo engajamento também. Isso gera um impacto financeiro para a empresa, que muitas vezes é intangível, e que pode ser melhorado com orientações e práticas de cuidado com a saúde”, comenta Thiago Liguori, Chief Medical Officer da Pipo Saúde.
Dos 8.980 colaboradores consultados, 48% apresentam algum risco de saúde mental, seja ele leve, moderado ou grave: “A saúde mental é essencial para que o indivíduo tenha a capacidade necessária de executar suas habilidades pessoais e profissionais”, comenta Liguori. Outro dado revelado no estudo é sobre a qualidade do sono, fator que altera muito o rendimento dos colaboradores: quase 4 mil estão sob risco de insônia. “O bom sono é um dos fatores que regula o equilíbrio psíquico, emocional e metabólico”, complementa o médico.
Em relação ao sedentarismo, o número choca: cerca de 60% não praticam qualquer atividade física ou praticam menos de três vezes por semana. Segundo a OMS, adultos devem fazer atividade física moderada de 150 a 300 minutos ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa. “O sedentarismo está ligado a doenças como hipertensão, diabetes, obesidade, ansiedade, aumento do colesterol, entre outras. E ainda é considerado o principal fator de risco para a morte súbita”, explica Liguori.
Checando o Índice de Massa Corpórea (IMC) desses colaboradores – índice que verifica o estado nutricional de uma pessoa com relação ao seu peso e estatura – descobriu-se que 58% estão com sobrepeso ou são considerados obesos.
“Conhecer as condições de saúde de seus colaboradores e conseguir oferecer um cuidado intencional neste assunto é fundamental para o sucesso e a sustentabilidade de uma empresa por várias razões. Só para citar alguns, é importante para a produtividade e desempenho, para reduzir o absenteísmo; para ajudar no engajamento e satisfação, na redução dos próprios custos com saúde, na atração e retenção de talentos e ainda promover um bom clima organizacional. Ou seja, investir na saúde dos colaboradores não é apenas uma responsabilidade ética, mas também uma estratégia inteligente para promover um ambiente de trabalho produtivo, sustentável e bem-sucedido a longo prazo”, comenta Marcela Ziliotto, head de People da Pipo Saúde.