Campo Grande Empresas (MS) – O número de novas empresas abertas nos quatro primeiros meses de 2021 é o maior já registrado pelo Estado neste período. De janeiro a abril, foram 3.088 novos negócios, 13,8% maior que o último melhor índice, de 2.674, em 2013.
O índice também é 30% maior que o desempenho registrado no ano passado, de 2.361. Os dados são da Junta Comercial do Estado (Jucems), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
Do número total de novas empresas, 1.981 (64,09%) são do setor de Serviços como atividade principal, 966 (31,25%) do Comércio e 144 (4,66%) da Indústria.
O secretário da Semagro, Jaime Verruck disse que agora o processo de abertura de novos negócios é feito de forma digital, o que facilitou o processo.
“E segundo, que a economia do Estado tem reagido bem aos estímulos do governo em apoio ao empreendedorismo, de modo que estamos tirando proveito do bom momento vivido pelo agronegócio que carrega junto outros setores”.
Só em abril, foram inauguradas 716 empresas no Estado, desempenho superior em 59,11% ao de abril do ano passado, quando foram 450 novas empreendimentos.
Ressaltando que era o início da pandemia da Covid-19 no país, um dos piores meses para a economia no Estado, que impactou todos os setores.
Os municípios que atraíram mais investimentos no primeiro quadrimestre do ano foram: Campo Grande, com 120 novas empresas (38,34%), seguido de Dourados (9,9%), Três Lagoas (8,31%), Maracaju (2,88%), Ponta Porã (2,56%), Corumbá (2,24%) e São Gabriel do Oeste (2,24%).
Serviços
A Pesquisa Mensal de Serviços divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou também que Mato Grosso do Sul apresentou o melhor resultado positivo do setor de Serviços em março de 2021, em relação ao mês anterior, com 10,8%, superando os resultados do pré-crise em dezembro de 2019.
“Mesmo com a pandemia, Mato Grosso do Sul teve menor queda no setor de Serviços em relação ao desempenho do Brasil e teve maior oportunidade de recuperação, fechando 2020 com 15,2% de crescimento se comparado ao ano anterior”, avalia Verruck.
Fechamentos
Apesar do crescimento, o número de empresas que foram fechadas neste período também aumentou. No primeiro quadrimestre de 2021, foram de 1.352, que representa 3,68% a mais que o apurado em 2020, quando foram fechadas 1.304 empresas.
O setor do Serviços também aparece como o mais impactado, com 717 empresas fechadas (53,03%), seguido do Comércio (565) e Indústria (70).
“O principal é o impacto das medidas adotadas pelo poder público para conter a Pandemia Covid-19, e o segundo fator importante foi a extinção da cobrança da taxa para fechamento de empresas pelas juntas comerciais de todo país determinada a partir da Lei da Liberdade Econômica”, avaliou o presidente da Jucems, Augusto Castro.