Campo Grande Empresas (MS) – O Canadá autorizou na segunda-feira (14) o início da importação de carne bovina e suína in natura do Brasil. O anúncio foi feito pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que está em viagem ao Canadá. Segundo o secretário da Semagro, Jaime Verruck, a novidade poderá beneficiar e muito a economia de Mato Grosso do Sul, na questão de novos mercados.
“No caso de MS, nós atendemos o EUA, então é importante que atenda também o mercado canadense. Abre uma possibilidade de credenciamento de frigorifico de MS para essa ampliação. Na suinocultura da mesma forma, pois o País vem buscando ampliar a sua base comercial […] O Estado vem crescendo na exportação de suínos”, destaca.
Verruck também aponta na importância de abdicar do plano de vacinação contra a febre aftosa. “Por isso é importante trabalharmos nessa questão, isso também permitiria uma ampliação no nosso mercado, assim como Santa Catarina”, disse. A Associação Brasileira de Proteína Animal esclareceu em nota que a abertura do Canadá no segmento de suínos é válida, inicialmente, para os estabelecimentos sob inspeção federal em Santa Catarina, pois na época da solicitação inicial aos canadenses, o Estado era o único reconhecido como livre de aftosa sem vacinação, um critério estabelecido pelas autoridades do país.
Conforme dados da associação, as exportações de carne suína de Santa Catarina representam pouco mais de 50% dos embarques do setor no Brasil.
Fertilizantes
No começo do mês, a ministra garantiu que o estoque de fertilizantes para o agronegócio no Brasil está garantido até outubro. Em entrevista coletiva ela afirmou que não há problemas com a safra neste momento, no entanto, a safra de verão, no final de setembro e outubro, gera preocupação. O secretário afirma que um novo acordo foi feito com a marca Nutrien tenha um pólo em Dourados.
“É uma das maiores empresas canadenses na área de fertilizantes. MS já havia feito o trabalho de incentivo fiscal, e agora com a reunião do Nutrien a situação vai melhorar. Nossa preocupação era a disponibilidade, e a questão é tão séria que a ministra já tem percorrido vários países para o próximo plantio”, afirma.