*Artur do Prado e Túlio Florentino
Todos sabemos que vamos envelhecer. Com a velhice chegam os problemas, “cada vez menos comida e mais remédios” disse Mário Sérgio Cortella. Isso é um pouco assustador?! Talvez. Com o passar dos anos, o vigor físico vai acabando, nos tornamos menos dinâmicos e ágeis, além de mais vulneráveis e mais frágeis, e isso é normal, não deve ser temido, mas certamente devemos nos preparar e nos PLANEJAR, para esta fase.
Claro, planejar para a velhice é um ato fundamental, afinal todos sabemos que ela chegará, e se ela pode ser confortável e saudável, porquê não fazê-la? Não tem um motivo. Viver o agora é fundamental, aproveitar a juventude é uma necessidade, mas a velhice não pode ser colocada fora de pauta para sempre, é preciso pensar nela, antes que ela chegue. Para isso, procurar um profissional competente para ajudar nesse planejamento.
Dos 25 aos 50 estamos produzindo em massa, com força, com vontade e energia. Dali em diante, a energia começa a se esvair e começamos a “desligar a máquina”. A produção fica cada vez menor, e com isso, não conseguimos mais faturar ou trabalhar tanto quanto gostaríamos.
Mas não me entenda mal. Não é só ter ativos para te prover renda na velhice, trata-se mais de ter os ativos certos, na proporção certa. Imagine só o caso da pessoa que a vida toda guardou dinheiro, construiu um patrimônio razoável e os imobilizou completamente, deixava em ativos de alta liquidez apenas o que precisava para sua sobrevivência e alguma urgência. Porém, ao envelhecer essa pessoa percebe que precisa estar mais próximo da família, do apoio dos filhos e se mudar para outra cidade, comprar um imóvel em nesse outro local, afinal, não tem mais a força de produção para pagar um aluguel de um imóvel tão bom quanto aquele que mora.
Essa pessoa, sempre acreditou que acumular imóveis eram o ideal, pois imóveis “são ativos que não perdem valor com o tempo”, “apenas valorizam”, “imóveis são sólidos”, etc. Em sua situação atual, essa pessoa percebe que caiu no conto do vigário, de achar que imóveis são ativos que “não tem riscos”, pois acaba de se deparar com o risco de liquidez (precisa do valor do imóvel em dinheiro e não o tem). E agora?!…
Resta a opção de esperar até que encontre uma proposta no valor do imóvel, que pode demorar anos, principalmente se considerarmos momentos de crise, ou vender abaixo do valor de mercado. Afinal a pessoa precisa do dinheiro e o tempo não vai esperar que ele consiga vender seu imóvel para cumprir seus compromissos.
Essa pessoa está alavancada em iliquidez e infelizmente, como o tempo é implacável, a segunda das opções provavelmente será aquela que o pegará primeiro. A cada dia a idade bate mais forte. Com a velhice chegam as necessidades e a farmácia não aceita um pedaço do seu imóvel em pagamento ou qualquer outro bem que você tenha. O mesmo pode ocorrer se o seu plano de saúde não cobrir todas as suas despesas médicas.
Não se trata apenas de ter bens, de guardar e acumular riquezas e patrimônio, mas de fazê-lo da forma correta. Montar o plano certo de execução para lá na frente não ter surpresas indesejáveis. Além disso, é preciso ter o máximo de certeza que no futuro você terá o valor certo, mínimo (e nesse caso, quanto mais melhor) pra poder manter todas as suas necessidades pessoais e básicas. Poder aproveitar dos frutos que você colheu e conseguiu multiplicar.
O plano de aposentadoria é uma medida necessária para uma aposentadoria saudável. Comece encontrando um profissional da área, alguém que você saiba que tem a capacidade técnica para te ajudar nessa jornada de longos anos a fazer sempre as melhores escolhas.
Pois o planejamento financeiro é muito mais amplo do que muita gente sabe. Planejamento financeiro não é apenas planejar as suas contas do dia a dia, passa pela gestão dos riscos, pela gestão dos seus ativos e um dos seus principais fundamento se chama PLANEJAMENTO DE APOSENTADORIA.
Então, comece por aí, procure um profissional competente para isso, mostre as suas necessidades, quem é você, quais seus planos, seus sonhos, seus objetivos. Deixe que ele o guie até esse momento, tornando tudo mais tranquilo possível. Envelhecer pode ser leve. Comece hoje. Procure agora, marque uma reunião. Seu “eu” do futuro agradece pela preferência.
Claro, para isso, conte comigo, conte com a Blend Capital para que o seu processo seja o mais adequado e personalizado para você. Benjamin Franklin com toda sua sabedoria disse: “Those who fail to plan, plan to fail“; “Aqueles que falham em planejar, planejam em falhar”.
Artur Prado
Assessor de investimentos e sócio da Blend Capital
Túlio Florentino
Assessor de investimentos e sócio da Blend Capital
Excelente ponderação sobre o tema, Artur e Túlio.
A educação financeira, e quando fazemos uso deste termo damos referências as variadas formas de planejamento, sejam elas: aposentadoria, financeiro, patrimonial, etc, e através dela notamos a crucialidade para qualquer pessoa ter uma relação melhor com o dinheiro e as finanças. Afinal, o universo financeiro está em muitos aspectos da vida, por isso é muito importante que todos tenham conhecimento suficiente para aproveitar aquilo que o dinheiro tem de melhor a oferecer.
O fato de estarem aqui compartilhando um assunto tão relevante já é um bom começo em um processo de educação financeira, pois, como afirma a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), ela acontece “por meio de informação, instrução e/ou aconselhamento objetivo”, com a finalidade de permitir às pessoas se tornarem “mais conscientes de riscos e oportunidades financeiras”.