Com a proximidade da aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), cresce o debate sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta de apoio aos estudos. Para a pesquisadora e especialista em IA e comunicação, Jullena Normando, o uso dessas tecnologias pode ser útil desde que feito com consciência crítica.
“As tecnologias de IA podem parecer extremamente eficientes, mas há um aspecto preocupante”, alerta Jullena. “Quando o estudante delega à máquina a organização do seu aprendizado, corre o risco de perder uma etapa essencial: a formulação de suas próprias perguntas e a estruturação do próprio pensamento”.
Segundo a pesquisadora, o uso excessivo de simulações e resumos gerados por algoritmos pode criar uma falsa sensação de preparo. Isso porque os sistemas de IA são projetados para agradar o usuário, o que pode camuflar lacunas no raciocínio e na compreensão dos conteúdos. Além disso, ainda há o risco de alucinação, ou seja, quando a inteligência artificial gera respostas erradas com tanta clareza e organização que podem ser facilmente interpretadas como corretas.
Por outro lado, a pesquisadora reconhece o potencial da IA para otimizar tarefas repetitivas ou burocráticas. Ao automatizar atividades como triagem de documentos, protocolos e comparações de materiais, a tecnologia libera tempo e energia para o desenvolvimento de competências mais estratégicas.
“É importante refletir sobre o que deixamos a cargo da máquina e o que continua sendo responsabilidade humana”, arremata.
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