Brasília Empresas (DF) – A capital federal igualou o recorde histórico de temperatura mais alta registrada no Distrito Federal, ontem, com máxima de 37,3 ºC, no Gama, e umidade do ar em 12%. O mesmo registro dos termômetros aconteceu em 15 de outubro de 2017. A aferição meteorológica começou a ser feita no Distrito Federal em setembro de 1961.
Com essas ondas de calor, para amenizar a sensação térmica, os consumidores DF têm investido cada vez mais na compra de produtos como ar-condicionado, ventiladores e umidificadores. Apenas em setembro, houve um aumento de 11% na procura por esses equipamentos nas lojas.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), o crescimento foi maior do que o registrado no mesmo período de 2019, quando as vendas tiveram alta de 9%. Para este mês, o otimismo continua. A expectativa é de ampliar a comercialização desses produtos em 28%, além de um aumento de 34% nas vendas de hidratantes corporais. A previsão tem relação com a onda de calor observada nos últimos dias na capital.
Apesar das altas temperaturas, os comerciantes preparam-se para uma venda menos expressivas nos próximos dias, devido à previsão de que o calor que atinge o Sudeste e o Centro-Oeste do país seja substituído por uma frente fria. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a tendência é de que chova neste fim de semana em todas as regiões do Distrito Federal.
Consumo
Mesmo com as incertezas da pandemia, os consumidores buscaram por soluções para adquirir os aparelhos e se refrescar do calorão. A estimativa é de que 75% deles optem por utilizar o cartão de crédito, cujo parcelamento pode ser feito em até 12 vezes. “Na pandemia, o consumidor quer mais tempo para pagar, porque teme o futuro. Afinal, ele teme o desemprego, uma vez que há, no DF, mais de 310 mil pessoas desempregadas. Essa cautela é inteligente”, afirma o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro.
Atualmente, um aparelho de ar-condicionado para um quarto de 15 metros quadrados pode custar de R$ 1.150 a R$ 2 mil, em média.
“É bom as pessoas se organizem para não comprarem ar-condicionado só no calor. As fábricas fazem um aumento gradual (dos preços) para acabar com o estoque em agosto e subir o valor no mês seguinte. Elas sabem que o consumidor vai comprar, mesmo com o aumento. Quem se antecipa e adquire os produtos em julho, por exemplo, pode desembolsar entre 12% e 15% a menos”, orienta o sócio de uma loja de ar-condicionado no Setor de Oficinas Norte, Paulo Rafael Guerra.