Por Marco Gonzaga
Cada vez mais as empresas buscam soluções para que seus negócios possam crescer e perpetuar. Se antes já era difícil sobreviver sozinho, agora em que a concorrência abrange praticamente todas as vertentes de um de um negócio, tudo fica ainda mais trabalhoso. Assim como o dito popular, juntos somos mais fortes e vamos mais longe, formar parcerias estratégicas é a melhor tática para se ter sucesso. E no caso da parceria estratégica, isso acontece de forma natural com ganho para todos os envolvidos: a marca, a empresa e o cliente.
Mas o que é uma parceria estratégica? Especialistas a denominam como nada mais do que uma aliança entre uma ou mais empresas, com objetivos estabelecidos e comuns, sendo que ambos os negócios oferecem suporte mútuo e em que os benefícios ocorrem para ambas as partes. Podem ser estabelecidas alianças entre empresas do mesmo segmento ou de segmentação distinta.
Estas parcerias geralmente acontecem quando há uma necessidade da empresa, seja de expansão geográfica, expansão de mercado, de perfil de clientes, financeiro, marketing entre tantas outras. Mas também acredito que as parcerias estratégicas sempre visam vantagens para os envolvidos, seja no aumento de lucro ou no favorecimento de demandas. Empresas de todas as dimensões podem fazer parcerias estratégicas, mas vê-se um aumento acentuado entre médias e grandes empresas, que já estão consolidadas no mercado ou estão neste caminho da consolidação.
As parcerias podem ainda promover diferentes processos ou demandas da empresa – marketing, fornecimento de materiais, logística e etc. Em geral, estas alianças são formalizadas por meio de contratos ou documentos similares.
Alianças lucrativas
Em suma, o lucro vem através de ações como capturar novos clientes, aumentar as vendas e expandir os negócios para novos mercados. Estes são objetivos comuns a quaisquer empresas. No caso da parceria estratégica, não é diferente: são alianças cujo intuito é ajudar as empresas a fazer isso mais rápido do que se agissem sozinhas.
Um exemplo é quando uma empresa deseja acelerar recursos ou venda, e através de uma parceria estratégica, lança um pacote de produtos e serviços com itens que oferecem ao cliente ainda mais valor. Ou ainda quando a pequena empresa deseja vender mais um produto exclusivo ou expandir o seu território e faz uma parceira com outra empresa do varejo ou com uma empresa de logística.
As vantagens colhidas nestas parcerias são percebidas pelo cliente final, que é quem mais importa nesta cadeia toda, ele percebe nas ativações da marca e em sua exclusividade e benefícios os efeitos deste modelo de negócio. Isso agrega valor, credibilidade, alcance, fidelidade e lucratividade para a empresa e marca parceira. Há vários exemplos de parcerias bem sucedidas no mercado, como: Coca e McDonald’s, Nike e Apple, Omo e Confort, Chandon e Hot Beach, entre outras. Com certeza este é uma modalidade de negócio com baixo custo e alto ganho.
Fidelidade
Não é necessário fazer pesquisas para observar que no Brasil, os consumidores estão cada vez mais exigentes com a qualidade do que adquirem, ao mesmo tempo buscam um preço justo, sem se importar muito com a marca. Segundo a pesquisa Think with Google – Tendências de consumo: A era do consumidor ultrarracional, esse comportamento corresponde a cerca de 70% dos consumidores pesquisados.
E o que isso significa, que mesmo antes da pandemia o consumidor está mais racional e sua decisão de compra é mais pensada e planejada. O dado mais recente do IBGE aponta que 90% dos domicílios do país têm acesso à internet, 6% a mais do que em 2019.
Essa expansão da internet na vida dos brasileiros potencializou uma transformação que já estava acontecendo na maneira como as pessoas consomem. Esse consumidor tem agora mais opções e se tornou mais criterioso: no lugar do mais barato, ele quer o melhor. É aí que entra novamente o ganho das parcerias estratégicas. As marcas já reconhecidas no mercado conseguem penetrar em novos e diversificados grupos de consumo, se aliando outras marcas ou a empresas com potencial de aprimorar o produto ou oferecer condições mais favoráveis para o consumidor, mas em negociações em que todos ganhem.
Marco Gonzaga
Mestre em comunicação pela Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) e sócio da Businessland, empresa especializada em parceria estratégica