Brasília Empresas (DF) – Com a chegada de janeiro, pais de crianças e adolescentes veem o orçamento ficar mais apertado com gastos escolares. Produtos como livros, cadernos, canetas e mochilas costumam ser “estrelas” da temida lista de materiais pedidos pelas escolas para o ano letivo.
Paulino Brandim, pai de duas crianças em Teresina (PI), conta que gastou R$ 3.500 entre livros e material escolar, no total.
“Com o meu mais novo — André, 11 anos — foram R$ 1.800 de livros e mais de R$ 800 em material de papelaria. Esse valor está uns R$ 300 ou 400 mais caro do que no ano passado”, diz.
Brandim completa o relato do tamanho do investimento que teve que fazer contando que, para seu filho mais velho — Daniel, de 16 anos –, os gastos foram de R$ 600 apenas com novos livros, para cobrir as 22 matérias no currículo.
O professor Jomar Rodrigues, do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB), explica que organização e planejamento podem ajudar a diminuir essa conta.
A primeira dica é pesquisar preços em diferentes papelarias.
“Diversas lojas já têm listas prontas de materiais, que podem ser solicitadas até mesmo pelo WhatsApp. Aí já se pode ter uma comparação de qual loja tem os melhores preços”, afirma.
Segundo dados do Procon-SP, o ano de 2022 registrou variações de até 381% nos preços dos itens escolares. O quadro de preços completamente desiguais em lojas de uma cidade é comum no país inteiro. Por isso, é fundamental sempre pesquisar com atenção.
Brandim, no entanto, ressalta que nenhuma papelaria terá o melhor preço em tudo, e vale pesquisar se compensa comprar uma parte do material em um local e outra numa segunda loja.
Outros fatores a serem levados em conta são a qualidade dos produtos e o desgaste com as compras.
“Contabilize o seu tempo e o gasto com gasolina, pois estes dois fatores nunca são levados em conta e acabamos por comprar mais barato, com muito tempo dispendido e gasolina gasta”, diz.
O especialista também ressalta que é importante manter a calma e comprar apenas aquilo que está na lista.
“Não cometa excessos, pois uma quantidade a mais pode comprometer o orçamento”, afirma.
Para diminuir ainda mais o peso nas contas, Brandim aconselha fatiar a compra, parte agora, e parte no meio do ano.