Em sua defesa – O reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), professor Antônio Cruvinel, os pró-reitores, os diretores de Institutos Acadêmicos e os coordenadores de câmpus se reuniram nesta semana para discutir o retorno gradual das aulas presenciais na Universidade.
Durante a reunião, discutiu-se o retorno as aulas, referente ao próximo semestre letivo, que de acordo com o calendário da UEG inicia-se em novembro. A proposta é que as atividades acadêmicas presenciais sejam retomadas escalonadamente a partir do mês de novembro deste ano.
A previsão é que até o mês de janeiro de 2022 todas as aulas passem a ser ministradas de forma presencial. Na próxima semana haverá nova reunião para a finalização da proposta, que será formalizada e enviada ao Conselho Universitário (CsU) para discussão e apreciação. Sobre esse assunto, o Diário do Estado entrevistou o atual reitor da UEG, professor Antônio Cruvinel. Confira:
Em sua defesa: Professor Antônio Cruvinel, qual foi o saldo da reunião realizada afim de discutir o retorno as aulas presenciais na UEG?
Antônio Cruvinel: “Nessa reunião a gente começa a delinear uma proposta e essa proposta prevê o retorno escalonado e que haja ponderação para que a Universidade esteja segura e não se torne um viés de proliferação desse vírus. A Universidade prima pela vida. Nossos alunos estão sendo vacinados, em sua maioria, com a primeira dose. Provavelmente a segunda dose ocorrerá em meados de novembro e precisa-se aguardar um tempo para que a vacina tenha eficácia, então pensamos em dezembro. Ou seja, nosso semestre letivo, o segundo do ano 2021, iniciará em novembro pois tivemos toda a questão da pandemia. Então teremos aula em novembro e dezembro e a proposta é que as aulas iniciem ainda na forma remota para que depois que os alunos tomem a segunda dose tenhamos a possibilidade de retorno das aulas presenciais, em janeiro de 2022. Esta é a proposta inicial, digamos assim. Essa proposta será lapidada em algumas reuniões e a encaminharemos ao Conselho Universitário”.
Em sua defesa: O que motivou a proposta do retorno escalonado?
Antônio Cruvinel: “O princípio da necessidade de escalonamento se dá por três aspectos. Primeiro, nós temos vários alunos que não residem na cidade em que estudam e esses alunos precisam se planejar. Nosso aluno está tomando a primeira dose agora e precisamos nos planejar para que a segunda dose possa ser recebida pelo aluno. A Universidade primará por cumprir os protocolos de saúde, não iremos negligenciá-los. A Universidade entende que a primeira providência é que nossos alunos estejam vacinados, então por isso a possibilidade de não retornar presencialmente em novembro. Ai nós precisamos também preparar a logística pensando no deslocamento dos alunos para que eles se preparem”.
Em sua defesa Em termos de estrutura, no que diz respeito às condições sanitárias, a UEG está preparada para o retorno presencial, seja esse retorno em novembro ou janeiro de 2022? Quais mudanças a universidade precisaria fazer nas unidades para receber esses alunos? Existe ainda a possibilidade da Universidade exigir o comprovante de vacinação dos alunos e servidores?
Antônio Cruvinel: “A discussão instaurada no grupo de gestão é justamente para definir esses pormenores. A necessidade de vacinação dos alunos é algo que desejamos muito que aconteça à nossa comunidade. A Universidade já tem um estoque guardado caso seja necessário fazer alguma compra (de materiais). Não existe uma definição ainda se iremos ou não solicitar cartão de vacina dos alunos, mas essa não seria uma prática inadmissível haja vista que queremos preservar vidas. É claro que estamos fazendo uma proposta que será levada ao Conselho Universitário, essa proposta poderá ser refinada ou até rechaçada pelo Conselho”.
A UEG informa ainda que as atividades acadêmicas estão acontecendo de forma online desde março de 2020, quando as aulas, projetos de pesquisa e extensão, atividades de estágio, colações de grau, congressos, semanas culturais, palestras e demais eventos passaram a ocorrer de forma remota, por orientação das autoridades sanitárias e do Governo do Estado para a prevenção da Covid-19.
Segundo a Universidade, à época, foi criado o Plano Emergencial de Ensino e Aprendizagem (PEEA), que institui o modelo de aulas não presenciais mediadas por tecnologia a ser aplicado durante o período de emergência de saúde pública em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19).
Texto: Larissa Artiaga
*Com informações da Comunicação Setorial da UEG.