Brasília Empresas (DF) – O Radis Cerrado é um aplicativo gratuito desenvolvido pelo Centro de Gestão e Inovação da Agricultura Familiar da Universidade de Brasília. O objetivo do app é monitorar o reflorestamento do Cerrado.
O lançamento oficial aconteceu neste mês, em homenagem ao Dia do Cerrado, comemorado no último sábado, 11. Agora os agricultores têm acesso à ferramenta que auxilia na vistoria dessas áreas onde eles têm a produção familiar e até no compartilhamento da situação com os órgão de fiscalização sobre a preservação do local.
Segundo Tamiel Khan Baiocchi Jacobson, professor da UnB e pesquisador do CEGAFI, a ideia do aplicativo surgiu a partir da necessidade e dificuldade de agricultores familiares e proprietários rurais em geral para cumprir com o processo de regularização ambiental de suas áreas.
“Após a realização do Cadastro Ambiental Rural, estes têm que aderir ao Programa de Regularização Ambiental, que compreende em um conjunto de ações a serem desenvolvidas com o objetivo de adequar e promover a regularização ambiental. Dentro deste processo, há o monitoramento das ações de restauração que são realizadas, é nesta etapa de monitoramento que a ferramenta é extremamente útil, pois permite que o proprietário colete informações em campo e monitore a recomposição vegetal a partir dos indicadores ecológicos, como cobertura de copa ou cobertura do solo, densidade de plantas regenerantes e número e proporção de espécies exóticas e nativas”, explica.
Segundo ele, o aplicativo também é útil para armazenamento de informações sobre produção vegetal, animal e agro extrativismo. O app está disponível no Google Play, para formato Android. Ele e a equipe que trabalhou na produção esperam que a nova funcionalidade ajude e incentive a regularização desses espaços rurais.
“Como cada estado tem particularidades específicas em relação à vegetação e, também, em relação à legislação dos indicadores de recomposição, o nosso próximo passo é procurar apoio para a expansão do app para outros estados e biomas”, explica.
Um dos principais objetivos do projeto é estimular a preservação do Cerrado. Segundo a Ong WWF, de 1970 até 2018 a devastação do Cerrado foi de cerca de 50%. O índice é mais que o dobro da Amazônia.
